Acompanhada do Conselho Tutelar, a Polícia Militar foi acionada em Doutor Camargo para apurar denúncia de abuso sexual e cárcere privado envolvendo menores.
Segundo informações policiais, a denúncia partiu de um familiar da vítima, que relatou suspeita de abuso contra as duas filhas de 1 ano de idade de J. V. S. J, fruto de sua convivência com E. F. S.
“Ao chegar no endereço, a vítima inicialmente negou a acusação, mas posteriormente confirmou suspeitas de abuso sexual por parte do companheiro, além de relatar estar vivendo em cárcere privado, impedida de manter contato com familiares e ameaçada para não sair de casa”, informa o 32º BPM.
As crianças foram encaminhadas para atendimento médico na Unidade de Pronto Atendimento, onde o suspeito estava saindo do local, sendo abordado pela polícia ao tentar embarcar em seu veículo, alegando que estava ali para pegar um atestado médico.
“As vítimas passaram por exame clínico, cujo laudo médico indicou sinais compatíveis com abuso sexual, levando à transferência para atendimento especializado no Hospital Universitário de Maringá”, diz a PM.
“O suspeito foi preso em flagrante, algemado conforme Súmula Vinculante 11 do STF, e conduzido à Central de Flagrantes de Maringá”, finaliza o batalhão.
Maio Laranja
O mês de maio é conhecido como “Maio Laranja”, quando ocorreu a campanha nacional de conscientização sobre o combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes.
A Polícia Civil do Paraná (PCPR) reforça a importância da atenção, do diálogo e da denúncia como formas de proteção a meninos e meninas. A violência pode se manifestar de maneiras diversas, sendo física, emocional, sexual ou por negligência e, muitas vezes, os sinais passam despercebidos até por quem convive diariamente com a vítima.
Segundo o delegado Rodrigo Rederde, pais, professores e profissionais da saúde devem observar com atenção mudanças no comportamento. Queda no rendimento escolar, isolamento, agressividade, medo sem motivo aparente, retorno a comportamentos infantis (como urinar na cama) ou até mesmo um interesse precoce por temas ligados à sexualidade podem indicar que algo está errado.
No caso de adolescentes, o ambiente virtual também requer atenção redobrada. Jogos online, redes sociais e aplicativos de mensagens podem ser usados por agressores para praticar violência psicológica ou sexual.
A identificação de possíveis abusos, no entanto, exige sensibilidade e cuidado. É comum que familiares, ao perceberem algo estranho, tentem agir por conta própria. Iniciar uma investigação particular ou abordar diretamente um suspeito pode atrapalhar o trabalho da polícia e comprometer provas.