Continua internado no Hospital Universitário de Londrina Reginaldo Aparecido dos Santos, o Javali, de 42 anos, que foi linchado por moradores de Jataizinho, após ser apontado como suspeito de envolvimento nas mortes de Marley Gomes de Almeida, de 52 anos, e da neta dela Ana Carolina de Almeida Anacleto, de 11, com requintes de crueldade.
O homem, que seria usuário de drogas e mora próximo à casa de Marley, era conhecido dela e mantinham contatos. Ele teve imagem captada por uma câmera quando estava próximo à casa das vítimas na noite do crime, chegou a ser investigado pela polícia, embora as imagens não mostrem que ele tenha entrado na casa.
O linchamento aconteceu após ser divulgado em redes sociais que o homem era suspeito. As imagens de Javali na rua na noite de crime foram suficientes para que várias pessoas decidissem fazer justiça com as próprias mãos. Não foi levado em conta o fato de ele morar na mesma rua em que foi filmado.
Imagens de vídeo publicadas em redes sociais mostram o momento da tentativa de linchamento. Javali só não foi morto a pancadas porque uma viatura da Polícia Militar que fazia patrulhamento no bairro chegou e os policiais intervieram.
Com ferimentos, o homem foi levado pela a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde recebeu os primeiros socorros, e depois encaminhado para o HU de Londrina.
O delegado responsável pelo caso pediu a prisão temporária de Reginaldo Javali durante a investigação.
Pedido de desculpa escrito com sangue
Os corpos de Marley e Ana Carolina foram encontrados no sábado, 22, por um filho da mulher que foi visitá-la.
Segundo a polícia, os corpos da mulher e da neta estavam em uma cama, com sinais de violência. Elas tiveram o pescoço amarrado com lençóis e estavam cobertas com um edredom.
Elas foram mortas a facadas, mas sinais nos corpos indicam que passaram por outros atos de violência.
Na parede do ambiente em que supostamente ocorreram as mortes havia uma frase na parede escrita com sangue. Dizia “Deculpa mae”, com erros de ortografia. No final da frase a polícia encontrou o nome de uma pessoa, como se fosse uma assinatura.
Até esta quinta-feira a polícia continuava sem nenhum indicativo sobre quem pode ter cometido o crime que abalou a pequena cidade de Jataizinho. O delegado do caso, Vitor Dutra, da Polícia Civil de Ibiporã, revelou em entrevista coletivo que pessoas foram ouvidas e liberadas, mas não há suspeito.
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