O colunista Guilherme Amado, um dos jornalistas mais bem informados sobre os bastidores da política brasileira, deu um grande furo na manhã desta quinta-feira, 28 publicar no portal Metrópole, de Brasília, que o presidente Jair Bolsonaro (PL) mantém desde 2020 encontros secretos com a vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, a quem já prometeu o cargo de PGR, após a saída de Augusto Aras, em 2023, caso Bolsonaro seja reeleito. Foi Lindôra que nesta semana livrou Bolsonaro e seu time de denúncias apresentadas pela chamada CPI da Covid.
De acordo com o colunista, os dois primeiros encontros de Bolsonaro com a vice-procuradora-geral aconteceram por intermédio do ex-deputado federal Alberto Fraga, que levou Lindôra ao Palácio da Alvorada para apresentá-la ao presidente – à época, ela era coordenadora da Assessoria Jurídica Criminal da PGR.
Na primeira ocasião, Fraga atendeu a uma solicitação de Bolsonaro, que pediu ao ex-deputado para conversar com a vice-PGR. O presidente sabia da boa relação dela com Aras, mas ainda não tivera a oportunidade de conversar a sós com a subprocuradora. Na época, Lindôra tinha a prerrogativa de atuar em processos que tramitam no Superior Tribunal de Justiça. Conduzia, portanto, os inquéritos criminais de governadores de Estado, tanto aliados quanto adversários de Bolsonaro.
O presidente estava naquele momento ávido por informações sobre suspeitas e inquéritos instaurados contra Wilson Witzel e João Doria, respectivamente os governadores do Rio de Janeiro e de São Paulo na ocasião.
Veja o artigo de Guilherme Amado no Metrópole