Apesar dos apelos de parlamentares como o senador Renan Calheiros (MDB-AL) e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para que o recesso parlamentar fosse suspenso em janeiro, o Congresso Nacional entrou em recesso, em 23 de dezembro.
Deputados e senadores deixaram para 2021 pendências importantes, como a votação de propostas consideradas essenciais para enfrentar a pandemia do novo coronavírus. as próximas votações no Congresso ficaram para fevereiro, quando os trabalhos na Câmara e no Senado serão retomados a partir do dia 1,º com uma eleição quente para as presidências das duas Casas.
Entre as matérias que não tiveram consenso para votação estão pautas econômicas tidas pelo Planalto como prioritárias e urgentes. Na lista estão matérias do chamado Plano Mais Brasil, como a PEC Emergencial que prevê medidas de controle de despesas e de reequilíbrio fiscal, além da criação de um novo programa para substituir o auxílio emergencial.
As discussões em torno de propostas para as reformas Tributária e Administrativa também não avançaram, bem como as privatizações de estatais. Até agora, só a proposta de venda da Eletrobras foi enviada ao Congresso, onde aguarda discussão na Câmara.
Tanto na Câmara quanto no Senado, os parlamentares também deixaram para 2021 a análise de denúncias contra colegas por seus respectivos Conselhos de Ética. Uma das representações paradas é a da deputada Flordelis (PSD-RJ), acusada pelo Ministério Público de ser a mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo de Souza.