Um estudo publicado nesta sexta-feira (11) pelo Conselho Nacional da Juventude do Brasil (Conjuve) revela que 72% dos jovens acreditam que o atual cenário do país devido a pandemia vai interferir a maneira como vão às urnas nas próximas eleições. Do total, 10% declararam que não terão influência, já 18% disseram que talvez.
A pesquisa, denominada como Juventudes e a Pandemia do Coronavírus, foi respondida entre os dias 22 de março a 16 de abril deste ano. 68.114 jovens de 15 a 29 anos e todos os estados participaram. Eles responderam 77 questões divididas em cinco blocos temáticos: perfil sociodemográfico, saúde, educação, trabalho e renda, vida pública.
O levantamento ainda indicou que 53% dos jovens acreditam que estão mais antenados a respeito da política por causa da pandemia. 16% acreditam que não e 31% disseram que talvez.
A expectativa dos jovens na vida política, no entanto, ainda é baixa. De acordo com o estudo, somente 4% planejam se candidatar a cargos políticos nas outras eleições. 88% disseram que não e 8% escolheram o talvez.
Já 31% dos jovens declararam que no ano que vem almejam apoiar alguma candidatura.
A relação garante ser “notável que a pandemia vem afetando a vida política das juventudes”, à vista de resultados alcançados na pesquisa.
Procedimento
Conforme o relatório, foi realizada uma “amostragem de conveniência (não probabilística) com monitoramento diário referenciado pela distribuição populacional de jovens para região, faixa etária, gênero e cor/raça de acordo com a Pnad Contínua 2020 (IBGE).”
68.114 jovens de todos os estados do país responderam ao questionário, levando em consideração na quantia de respostas, “o procedimento tomou por base o total de respondentes de cada questão, acolhendo assim as opiniões de jovens que, por múltiplos motivos, não puderam completar o questionário.”
“Eventuais distorções amostrais foram corrigidas a partir de ponderação a posteriori, considerando a distribuição de jovens brasileiros de 15 a 29 anos em termos de Unidades da Federação e faixas etárias. Foi utilizada como referência a Pnad Contínua 2020 (IBGE) e os parâmetros utilizados na 1ª edição desta pesquisa”, informa a pesquisa.
Não foi calculada a margem de erro de amostragem, porém de acordo com o estudo “a diversidade de conexões constituídas no processo amplia a diversificação de perfis e aproxima a coleta de segmentos específicos populacionais, com ampla cobertura territorial e abrangência temática.”
