Famílias carentes receberão subsídio para compra de gás de cozinha

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Foto: Shutterstock

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A criação do Projeto de Lei (PL) “Programa Gás para os Brasileiros”, também chamado auxílio gás, foi aprovado pelo Senado na terça-feira (19), para auxiliar famílias de baixa renda na compra do gás de cozinha. O PL prevê que cada família receba bimestralmente o equivalente a 40% do preço do botijão de gás. O próximo passo é o retorno do projeto à Câmara para análise de financiamento.

Os recursos para financiamento do programa serão dos royalties pertencentes à União na produção de petróleo e gás natural sob o regime de partilha de produção, de parte da venda do excedente em óleo da União e bônus de assinatura nas licitações de áreas para a exploração de petróleo e de gás natural. Além disso, serão utilizados outros recursos que venham a ser previstos no Orçamento Geral da União e dividendos da Petrobras pagos ao Tesouro Nacional.

As famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) com renda familiar mensal per capita menor ou igual a meio salário-mínimo, ou que morem na mesma casa de beneficiário do Benefício de Prestação Continuada (BPC).

O autor do texto é o senador Eduardo Braga (MDB-AM), que justifica o subsídio para as famílias carentes devido o aumento do preço do gás de cozinha nos últimos meses, fazendo com que as famílias optem pelo o uso de lenha, carvão e, até mesmo, etanol para o preparo dos alimentos o que provocou o aumento de doenças pulmonares e acidentes com queimaduras. “Estamos fazendo uma justiça social quando estabelecemos fontes de financiamento que não são fiscais. A fonte de financiamento diz respeito aos dividendos que a União recebe pelas suas ações da Petrobras, pelo lucro que a União obtém. Estamos pegando o lucro das ações da Petrobras e devolvendo pro povo humilde”, ressaltou.

Já o relator do projeto no Senado, Marcelo Castro (MDB-PI), comenta a atual crise dos combustíveis: “Com a política que foi feita, nós sabemos das consequências, da greve dos caminhoneiros. Mas o fato é que, à medida em que o petróleo aumenta de preço, imediatamente, de 15 em 15 dias, aumenta de preço aqui no Brasil. Se o dólar se valoriza e o nosso real se desvaloriza, aumenta de preço também. E isso levou ao que nós estamos vivendo hoje: uma gasolina de R$ 7 o litro e o GLP de R$ 100, R$ 120, R$ 130”, informou.

O projeto retorna para nova apreciação dos deputados porque Castro alterou a forma de financiamento do programa. O texto que saiu da Câmara previa o uso de recursos da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), imposto sobre a importação e a comercialização de gasolina. Mas o relator entendeu que o aumento de tributos provocaria “um indesejável impacto inflacionário”.

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