O desembargador José Rodrigo Sade, do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que pediu vista e paralisou o julgamento da ação que derruba a liminar que possibilitou a Odair de Oliveira Lima, o Odair Fogueteiro (PP), disputar a eleição do ano passado e ser diplomado e empossado como vereador, apresentou seu voto no final da tarde desta quarta-feira, 2, seguindo o relator e os outros quatro desembargadores que já tinham votado.
Com isto, Fogueteiro tem cassado o diploma e, consequentemente, perde o mandato na Câmara, apesar de ter sido um dos candidatos mais votados para vereador.
A derrubada da liminar não implica na anulação dos votos que Fogueteiro conquistou, o que significa que seu partido, o Progressistas, conserva a cadeira na Câmara, que deverá ser ocupada pelo primeiro suplente da coligação, o contabilista e ex-vereador Onivaldo Barris.
A Câmara de Maringá deverá ser notificada da decisão ainda nesta semana, podendo, a partir daí, convocar Barris para tomar posse.
Odair Fogueteiro está inelegível desde que foi condenado pela prática de nepotismo. Ele e outros que foram vereadores 25 anos atrás, foram alvos de denúncia do Ministério Público por terem contratado parentes diretos para seus gabinetes. Todos foram condenados e se tornaram inelegíveis.
Ele conseguiu uma liminar para disputar a eleição. A candidatura sub judice levou o Ministério Público Eleitoral a pedir que Fogueteiro não fosse diplomado, com base na condenação.
Na semana passada, depois que cinco dos seis desembargadores do TRE votaram pela cassação do diploma, Odair Fogueteiro e seu advogado, Guilherme Gonçalves, anunciaram que vão recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Segundo Gonçalves, Fogueteiro só poderá ser considerado cassado depois que o processo transitar por todas as instâncias.
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