Em sessão extraordinária e inédita, os 23 vereadores de Maringá vão eleger neste domingo o novo presidente da Casa, que vai substituir Mário Hossokawa (PP), eleito em 1º de janeiro e afastado em definitivo pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Qualquer vereador, com exceção de Hossokawa, pode disputar o cargo.
A eleição foi convocada pelo presidente interino Sidnei Telles (Podemos) depois que uma ação movida pelo advogado Homero Marchese teve seu mérito julgado pelo STF, confirmando a ilegalidade de Hossokawa estar em seu quinto mandato consecutivo como presidente. Atualmente no sétimo mandato como vereador, Hossokawa já foi eleito presidente sete vezes e estava se perpetuando na função ao ser eleito pela quinta vez seguida
Sem chance se não for do PP
Vários vereadores mostraram interesse em disputar a vaga deixada por Hossokawa, entre eles Sidnei Telles (Podemos), vice-presidente que assumiu interinamente a presidência. Mas, ele deve ter percebido que não teria a mínima chance por não ser do PP, partido que tem seis dos 23 vereadores e pelo menos 12 aliados, além de ser o partido do prefeito Silvio Barros. Foi essa força que deu a Hossokawa em 1º de janeiro 21 dos 23 votos.
Essa deve ter sido a razão para desestimular outros que também ousaram falar – ou pelo menos pensar – em ser candidato.
Dois nomes passaram os últimos dias como postulantes à presidência, a novata Majô Capdeboscq, atual 1ª secretária na Mesa Diretora, e Odair Oliveira Lima, o Odair Fogueteiro, líder do prefeito na Câmara. Os dois são do PP de Silvio Barros, Ricardo Barros e Mário Hossokawa.
Em meados desta semana Fogueteiro chegou a desistir da candidatura e assim Majô chegou a passar alguns minutos como virtual futura presidente, que seria a primeira mulher na história a presidir a Câmara de Maringá. Ela teria sido a escolhida pelo PP estadual e pelo nacional, o que levou Fogueteiro a sair da disputa.
Mas, o panorama ganhou nova configuração quando o prefeito Silvio Barros retornou de uma viagem e teve uma conversa com seu líder na Câmara, que voltou a ser candidato.
Embora o prefeito diga que não vai interferir na eleição de outro poder, ele colocou seu chefe de Gabinete a conversar com todos os vereadores, incluindo os que não são do PP. O que foi tratado não se fala, mas será possível presumir por volta das 11 horas deste domingo, quando forem contados os votos.
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