Consulta pública feita pelo Senado Federal sobre proposta de voto impresso divide eleitores

Consulta pública feita pelo Senado Federal sobre proposta de voto impresso divide eleitores

Foto: Agência Brasil

Uma consulta pública feita pelo Senado Federal a respeito da proposta de aplicar o voto impresso em todas as urnas eleitorais divide os eleitores. O placar tem momento que revela vantagem para os que apoiam a atitude e em outras ocasiões está favorável para os que se opõem. Mais de 1,6 milhão de pessoas já tinham votado entre “sim” ou “não” no site do Senado até ontem. No total, foram 829.765 manifestações a favor, somente 7 mil votos a mais que os que votaram contra, sendo 822.841. A diferença simboliza apenas 4% do total dos votos.

A consulta foi aberta em 2018, mas não teve tanta importância no início. Até o começo de 2019, 160 mil votos tinham sido computados. A iniciativa ganhou novo estímulo depois que o presidente Jair Bolsonaro passar a defender publicamente que o voto impresso seja admitido como maneira de dar lisura ao procedimento eleitoral. Ele diz que as cédulas serão adotadas em 2022, caso uma proposta  seja aprovada pelo Congresso.

A justificativa acerca do risco de fraude é discutida pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que alega que o sistema de urnas eletrônicas é seguro, auditável e moderno, permitindo apuração ágil. Para o presidente do órgão, o ministro Luís Roberto Barroso, o voto impresso é um declínio, e que além de promover novos custos, não evita fraude e pode “sumir”, o que não aconteceria com o eletrônico por ficar registrado em um sistema informatizado e que não pode ser hackeado. Mesmo com a  crítica, ele declara que o TSE terá interesse no voto impresso caso seja aprovado pelo Congresso e validado pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

A determinação do voto impresso vem ganhando novos acontecimentos no Congresso. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), anunciou ser possível adotar o voto impresso para 2022. A ideia do Senado, assunto da consulta pública, ainda precisa passar pela aprovação da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa antes de dar sequência aos trâmites e ir à votação, porém, o colegiado nem ao menos determinou um relator para a questão, já que o parlamentar previamente escolhido para isso, Sérgio Petecão (PSD-AC), deixou a comissão no começo do ano.

É possível participar por meio da página do Senado.

 

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