Zanin nega pedido do general Heleno para faltar a depoimento à CPMI dos Atos Golpistas

General Heleno

General Heleno terá o direito de ficar calado na CPMI dos Atos Golpistas Foto José Cruz/Agência Brasil

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O general Augusto Heleno, que foi ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo Bolsonaro, mas que é mais lembrado cantando “Se gritar pega Centrão, não fica um, meu irmão”, fez o possível para não ter que comparecer à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre os Atos Golpistas, mas terá que comparecer, sob pena de ser levado coercitivamente se faltar.

Mas, quem acompanhar a sessão da CPMI nesta terça-feira, 26, pode ver um general calado e sendo humilhado por seus detratores. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin negou nesta segunda-feira pedido do general da reserva para não comparecer ao depoimento, mas deu a ele o direito de não responder a nada.

Heleno foi convocado pela CPMI para ser ouvido na condição de testemunha. Na decisão, Zanin afirmou que, de acordo com a jurisprudência da Corte, as CPIs têm poderes de investigação.

“Considerando que a convocação de Augusto Heleno Ribeiro Pereira, paciente, refere-se a depoimento na condição de testemunha, devendo ele manifestar-se sobre os fatos e acontecimentos relacionados ao objeto da CPMI de que tenha conhecimento – assegurada, no entanto, a garantia de não autoincriminação”, decidiu o ministro.

Apesar de rejeitar pedido para o general deixar de comparecer, o ministro garantiu a Augusto Heleno direito ao silêncio para não responder a perguntas que possam incriminá-lo, além de ser assistido por um advogado.

A defesa alegou no Supremo que a condição do general é “obscura”, e o ex-ministro pode ser tratado como investigado pela comissão.

“Há evidente desvio de finalidade na convocação do paciente para depor como testemunha perante comissão quando inúmeros são os indicativos de que o paciente figura, em realidade, na condição de investigado, eis que a todo momento lhe é equivocadamente imputada suposta participação nos fatos que ensejaram a CPMI”, afirmaram os advogados.

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