Mais de 600 convidados participaram nesta quinta-feira, 9, do Summit de Inovação 2023, que aconteceu no Campus da Indústria, em Curitiba. Nesta segunda edição, o tema central do debate foi ESG (Ambiental, Social e Governança), assunto de interesse dos empresários. Direcionado às lideranças das indústrias e colaboradores da área de Tecnologia e Inovação do Sistema Fiep, o evento teve uma programação impactante, que comoveu o público, gerou integração, troca de experiências e muito aprendizado.
Entre os participantes, muitos CEOs, gestores, executivos e colaboradores das indústrias paranaenses, de diversos segmentos e portes, prestigiaram o Summit 2023. O início foi de muita expectativa, mas com a certeza de que o dia seria de muito aprendizado. Logo na abertura, o gerente executivo de Tecnologia, Inovação e Responsabilidade Social do Sistema Fiep, Fabrício Luz Lopes, agradeceu a presença de todos e contou o que motivou a área a criar o Summit de inovação. “Não queríamos apenas entregar um serviço de qualidade para a indústria, mas promover mudanças para transformar a vida das pessoas. Buscamos a essência do Senai, que vem ao encontro desse propósito, criando vínculos afetivos com as pessoas e contribuindo para uma sociedade mais justa”. Ele também incentivou os presentes a dedicarem seu tempo: “a entrega de novos serviços por meio da inovação é feita por pessoas que estão dentro das empresas e que têm coragem de desenvolver projetos inovadores. Pensem nisso”, reforçou.
Em seguida, a superintendente do Sesi e IEL e diretora regional do Senai-PR, Fabiane Franciscone, representando o presidente do Sistema Fiep, Carlos Valter Martins Pedro, agradeceu a presença dos industriais, dos representantes das empresas e órgãos parceiros, lideranças de instituições ligadas à inovação e destacou a importância desse momento de reflexão. “Sugiro que aproveitem esse dia, se inspirem nos exemplos que trouxemos, tenham muitos insights para levarem ao ambiente de trabalho de vocês e sigam esse propósito de disseminar a inovação que transforme e impacte positivamente a vida das pessoas”, declarou.
Trazendo uma aplicação prática do conceito de ESG com efeitos positivos (Eixo Social), os músicos da Orquestra de Instrumentos Reciclados de Cateura, do Paraguai, fizeram uma participação surpreendente. Liderados pelo maestro Favio Chávez, eles apresentaram um repertório mesclado de clássicos da música brasileira e erudita. A iniciativa da orquestra nasceu na periferia da cidade paraguaia, com o objetivo de afastar jovens de problemas típicos de qualquer comunidade latino-americana em situação de risco social. Os instrumentos são construídos com materiais descartados no lixo e que têm potencial para reciclagem. Violinos, violões, saxofones e instrumentos de sopro e percussão feitos com tambores de metal, objetos e calhas são reaproveitados e geram um resultado único, que emociona quem assiste. Favio Chávez contou aos presentes como a orquestra tem contribuído, de forma inovadora, no desenvolvimento de crianças carentes por meio da música clássica.
Em seguida, Rodrigo Brito, Head de Sustentabilidade da Coca-Cola, falou sobre as estratégias e iniciativas relacionadas a temas de Sustentabilidade/ESG, como água, reciclagem, agricultura, clima e empoderamento econômico (eixo Sustentabilidade).
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O período da tarde contou com a participação de Estevan Sartoreli, CEO da Dengo Chocolates, empresa que está redesenhando a economia do cacau no país (eixo Governança). Egresso de Sesi e Senai, ele afirmou que que ESG é uma nova lente, que faz as pessoas verem o mundo diferente. Segundo ele, o dia D da Dengo foi quando viu que os produtores de cacau ficavam com 3% da cadeia do cacau. E que o principal ingrediente do chocolate, do Brasil e do mundo, era o açúcar, que é barato. “50% da população mundial está com sobrepeso ou obesa e 2,1% do PIB mundial é gasto com saúde pública em decorrência disso”, afirmou. Ele apontou que inovar é ressignificar escolhas. “A Dengo existe para gerar renda para pequenos e médios produtores, produzir alimento de qualidade, preservar a floresta e promover um mundo mais inclusivo. Respeitar, inspirar e conservar por meio do consumo consciente. É um modelo de governança pautada pelas políticas do ESG. Não é difícil, mas exige coragem”, concluiu.
Na sequência, Paula Nadai, representando a rede de Institutos e a área de Tecnologia e Inovação do Senai Nacional, apresentou os novos programas da área, como o Techub. Atualmente, são 60 institutos de tecnologia, 28 de inovação, 18 unidades Embrapii – Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial – no Brasil. “Mais de R$ 1 bilhão foi investido em construção e equipagem dos Institutos para que tenhamos inovação como meio para solucionar grandes desafios”, destacou.
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Novo projeto no Paraná
Num dos momentos especiais da tarde do Summit 2023, o gerente de Tecnologia, Inovação e Responsabilidade Social do Sistema Fiep, Fabrício Luz Lopes, apresentou o Edital Sesi ESG, que será lançado em abril. “Unimos o Instituto Sesi de Inovação em Longevidade, a área de Responsabilidade Social e queremos desmistificar o ESG. Apoiar a cadeia industrial, as pequenas empresas e os que não conseguem parar para ver essas questões”, informou.
O edital prevê consultoria para que as empresas tenham melhorias nos indicadores ESG por meio da metodologia lean, como ferramenta para agregar produtividade e implementar boas práticas em sustentabilidade, com apoio do Senai e do IEL. Cerca de mil indústrias serão atendidas. Após a avaliação, haverá a fase de capacitação das pessoas e entrega do diagnóstico. Um especialista sugerirá as melhores oportunidades do E, do S e do G e atuará nestes gargalos para melhorar a produtividade e garantir maior eficiência.
