Uma das maiores obras da literatura universal, “Crime e Castigo”, do russo Fiódor Dostoiévski (1821-1881), é o desafio proposto pela Secretaria da Segurança Pública do Paraná aos presos que participam do projeto Remição pela Leitura, alunos inseridos na Educação Básica nos CEEBJAs Prisionais, participantes da Leitura Livre e demais interessados. Em edições que variam entre 600 e 700 páginas, “Crime e Castigo” se baseia numa visão sobre religião e existencialismo com um foco predominante na ideia de atingir salvação por meio do sofrimento, ao que o autor envolve algumas questões acerca do socialismo e do niilismo.
Nesta segunda-feira, 13, às 14 horas, o projeto será apresentado na Penitenciária Estadual de Maringá (PEM) com a presença da imprensa. Cerca de 20 pessoas privadas de liberdade (PPLs) da PEM vão participar de uma roda de conversa, entre eles pessoas que já leram “Crime e Castigo” e que poderão orientar os colegas neste desafio.
A leitura deverá ser concluída até o final de maio e a cada mês o leitor deve participar de alguma atividade relacionada à leitura, como rodas de conversa ou produção de texto, debates, rodas de leituras, apresentações culturais, como dramatizações, teatro, cartazes, pinturas, desenhos, poesias, contos, crônicas ou outros que poderão ser sugeridos.
Esse projeto foi elaborado pelo Departamento de Polícia Penal do Paraná (Deppen) e Divisão de Educação e Capacitação após o recebimento, do Depen Nacional, de grande quantidade de exemplares do livro de Dostoiévski. Só o complexo de penitenciárias de Maringá recebeu 40 livros.
O Programa de Remição pela Leitura possibilita a redução de quatro dias da pena a cada livro lido. Segundo o chefe da Divisão da Educação e Capacitação da Polícia Penal do Paraná, Juliano dos Santos Prestes, os demais presos que participam do programa Remição pela Leitura continuarão lendo outras obras.