Os meios alternativos para a resolução de conflitos no ambiente escolar foram debatidos em encontros
Na manhã desta terça-feira (26), os profissionais da Secretaria Municipal de Educação deram início ao segundo módulo do 6º Curso de Capacitação de Facilitadores do Núcleo de Articulação da Justiça Restaurativa em Londrina. A atividade foi realizada no Instituto de Ensino Superior de Londrina(INESUL), das 8h às 12h e das 14h às 18h, na Avenida Duque de Caxias, 1.290, no Jardim Londres. Ela terá continuação nas próximas terças-feiras, no mesmo local e horário. Ao todo, serão quatro encontros.
Os professores, supervisores, diretores e gestores de educação puderam aprender mais sobre meios alternativos para a resolução de conflitos no ambiente escolar. Ao todo, 42 profissionais participaram das atividades do círculo restaurativo ministrados pelas professoras do curso de Direito da Universidade Estadual de Maringá (UEM). Eles receberão certificado de 40 horas de curso.
Segundo a representante da Secretaria de Educação no Comitê de Articulação de Práticas Restaurativas de Londrina, Carla Cordeiro, durante as aulas, são debatidas as formas de solucionar os conflitos, assim como as maneiras de desenvolver atitudes preventivas às situações de estresse. Para isso, a metodologia utilizada é de círculo restaurativo, onde há dinâmica de grupo e relato de experiências e vivências.
“Para buscarmos a pacificação da escola, dos alunos, e dos outros, em geral, precisamos antes nos conhecermos e buscarmos a nossa própria restauração. A capacitação vem nesse sentido, de ampliar o olhar sobre a resolutividade dos conflitos e das maneiras que podemos utilizar no nosso dia a dia para preveni-los, criando assim uma cultura da não violência e uma nova perspectiva de vermos a vida e os desafios trazidos por ela”, explicou Carla.
A intenção da Secretaria Municipal de Educação é formar, ao menos, dois facilitadores para cada unidade escolar do Município. Para isso, os profissionais terão capacitações constantemente. A primeira escola a receber o projeto foi a Escola Municipal Zumbi dos Palmares (Caic Zona Sul). Atualmente, o Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Abdias do Nascimento e as escolas municipais Norman Prochet, Maestro Roberto Pereira Panico e Eugênio Brugin desenvolvem ações da justiça restaurativa dentro nas unidades.
Programa Práticas Restaurativas – O Programa Municipal de Justiça Restaurativa de Londrina foi criado pela Lei n° 12.467/2016 com a intenção de promover a pacificação social e a restauração das relações prejudicadas pelos conflitos ou violências. As partes envolvidas participam de conversas com orientadores que ajudam a abordar o problema e construir uma solução consensual. O foco é a transformação das pessoas e não a punição, por isso o infrator recebe uma medida socioeducativa cabível, mas também deve se responsabilizar efetivamente pelo que fez.
O Comitê de Articulação de Práticas Restaurativas é o órgão responsável pelo planejamento do programa municipal. São integrantes do comitê representantes do Conselho Municipal da Cultura de Paz (Compaz), Conselho Municipal da Criança e do Adolescente (CMDCA), Conselho Municipal de Educação (CMEL), secretarias municipais de Assistência Social e Educação, Poder Judiciário e um representante da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil.
Fonte: Prefeitura de Londrina – Arquivo
O Maringá