O Dia das Mães não é importante apenas para o comércio varejista, configurando-se na segunda melhor data do calendário (perde apenas para o Natal). No campo, é um período estratégico para a organização de floricultores.
Por exemplo, em Holambra (SP), principal área produtora do país, as flores representam 16% da comercialização anual, com expectativa de uma evolução entre 5% e 8% nas vendas atuais em relação ao ano passado, demonstrando a efervescência da atividade.
No Paraná, a região de Maringá concentra o cultivo de rosas e responde por 57,7% de toda a produção estadual, com Marialva sendo o segundo município com a espécie e representando 35,0% do total com 100 mil dúzias cultivadas. Os dados são do Boletim Agropecuário, divulgado recentemente pelo Departamento de Economia Rural da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Deral/Seab).
A produção de rosas para corte tem variado no Estado nos últimos dez anos. Entre 2013 e 2022, praticamente dobrou o volume produzido com cota de 95,8%, o Valor Bruto da Produção real (VBP) deflacionado se elevou em 33,8% no mesmo período, enquanto na floricultura ampla o mesmo VBP real flutuou em 5,9%.
Aliás, as rosas representam 1,7% da floricultura geral e 9,7% das flores em si. Em 2022, as roseiras foram exploradas comercialmente em dez municípios, de onde extraiu-se 285,9 mil dúzias com uma renda bruta gerada de R$ 3,8 milhões no estado.
Araruna, na região de Campo Mourão, se destacou como principal produtor, tendo cortado 110 mil dúzias com receita bruta de R$ 1,5 milhão, o que corresponde a 38,5% do total.
VBP
Em 2022, a floricultura no Paraná gerou R$ 224,0 milhões de Valor Bruto da Produção Agropecuária/VBP, sendo os gramados e as plantas perenes ornamentais dominantes com participação de 76,8% do VBP.
As flores propriamente ditas, tem nas orquídeas, nos crisântemos e nas roseiras o esteio da produção e participação de 13,0% no montante da atividade, sendo o restante distribuído nas outras 35 espécies exploradas.