As estradas federais do Paraná estão mais violentas em 2024. É o que revela um balanço da Polícia Rodoviária Federal (PRF), referente aos quatro primeiros meses do ano na comparação com o mesmo período de 2023.
No caso da região de Maringá, conforme dados da Delegacia da PRF fornecidos à reportagem, ocorreu aumento de 50% nos óbitos, passando de oito mortes no 1º quadrimestre de 2023 para 12, no mesmo período em 2024.
Em relação a pessoas feridas, a alta é de 17%. Ou seja, de 195 feridos em 2023 passou para 230 nos primeiros quatro meses deste ano.
E, por fim, o número de acidentes foi de 195 no 1o quadrimestre de 2024, o que representa elevação de 6,86% neste tipo de ocorrência – no ano passado, foram 187 acidentes ao longo dos 550 km cobertos pela Delegacia da PRF em Maringá.
Em todo o Paraná, segundo os dados, todos os principais indicativos – quantidade de sinistros, de feridos e de mortos – se apresentam maiores em 2024. O dado mais preocupante é a alta nas mortes, que subiram 7% e chegaram a 182 mortes, 12 a mais do que em 2023.
Cresceram também as mortes relacionadas ao tipo de acidente que mais causa óbitos, a colisão frontal. Embora ocupe a sétima posição no ranking de quantidade de acidentes, a energia envolvida neste tipo de acidente causa mais deformação nos veículos e, consequentemente, nos seus ocupantes. A PRF registrou 56 óbitos em 2024, para este tipo, contra 50 em 2023, mesmo existindo redução na quantidade deste tipo de sinistro. Existem dois fatores intimamente relacionados às colisões frontais: excesso de velocidade e ultrapassagens indevidas.
A saída de pista, tipo de acidente geralmente causado pelo excesso de velocidade com a perda de controle do veículo, está em segundo lugar na relação com óbitos em acidentes no Paraná – com 34 óbitos – seguida de perto pelo atropelamento de pedestre – com 28 óbitos.
O esforço de fiscalização para diminuir estes números é refletido nos números de flagrantes de infrações realizados pela PRF no estado: 56.211 condutores foram flagrados circulando acima da velocidade permitida e outros 6.808 foram flagrados realizando ultrapassagens proibidas. Os dois números são maiores do que os registrados nos quatro primeiros meses do ano passado. Nos flagrantes de velocidade, o aumento passa de 10%.
“Outro fato que demonstra a despreocupação com a segurança por parte dos usuários das rodovias, é o aumento de mais de mil flagrantes de falta de uso de cinto de segurança, equipamento básico para salvar vidas”, diz a PRF.
Fatores
Segundo a PRF, diversos fatores são responsáveis pela ocorrência de acidentes de trânsito, sendo necessária a participação de toda a sociedade, especialmente os condutores, para a melhora desse cenário.
“Dentre as funções que cabem à PRF para contribuir na diminuição do problema, a fiscalização de trânsito será ainda mais intensificada. Comandos específicos de fiscalização de velocidade e de ultrapassagem, direcionados para pontos críticos, serão realizados de forma diária em todas as regiões de estado”.
Outro braço de ação da PRF, são realizadas ações constantes de educação para o trânsito, como palestras, cinema rodoviário e abordagens em terminais rodoviários, como forma de buscar a conscientização de condutores e recrutar multiplicadores da mensagem de segurança para salvar vidas.
Com informações da PRF