A colheita do café ainda está na fase inicial na região de Maringá, com um percentual de “colhido” ainda muito pequeno, conforme balanço divulgado nesta quinta-feira, 16 de maio, pelo Departamento de Economia Rural (Deral), em nova edição do semanal Boletim de Conjuntura Agropecuária da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab).
Na verdade, o que ocorre na região é retrato do Paraná, cujas áreas de cultivo do “ouro verde” se encontram em estágio inicial: Londrina, Cornélio Procópio, Jacarezinho, Apucarana, Ivaiporã, Campo Mourão, Paranavaí, Umuarama, Toledo, Cascavel e Ponta Grossa. Em maior ou menor escala, são áreas cafeeiras no Estado.
Aliás, a safra paranaense de café para 2024 está projetada entre 700 a 750 mil sacas, segundo o Deral, o volume representa uma estabilidade na comparação ao produzido na safra anterior. As condições climáticas em geral até o momento estão favoráveis, apesar de períodos de calor excessivo e poucas chuvas.
“A maturação está mais uniforme este ano e os trabalhos de colheita estão iniciando e serão intensificados nas próximas semanas”, diz o boletim.
Em 2023, conforme o Deral, o Paraná produziu 722 mil sacas beneficiadas, volume 48,2% superior a colheita de 2022, que foi severamente castigada pelas adversidades climáticas registradas no ciclo anterior (geadas e seca).
A área cultivada soma 26.180 hectares, e segundo dados recentes do Deral, foi registrada produção de café em 172 municípios, sendo os cinco principais: Carlópolis, Pinhalão, Ibaiti, Tomazina e Apucarana, que juntos responderam com 48,5% da produção paranaense.
No Paraná, o preço médio recebido pelos produtores, segundo levantamento mensal do Deral, ficou em R$1.033,72 /saca beneficiada em abril/24 contra os R$ 992,14 em abril/23. O valor médio recebido em 2023 foi de R$846,45, recuo de 26,7% na comparação com R$1.155,36 praticado em 2022.
Segundo o relatório de abril do Deral, 82% da safra anterior havia sido comercializada pelos cafeicultores do Paraná.
Mercado mundial
A produção mundial de café para safra 2023/24 está projetada em 171,4 milhões de sacas beneficiadas de 60 kg, elevação de 4,2% em comparação com o período anterior, sendo os principais países produtores, respectivamente, Brasil, Vietnã e Colômbia.
Quanto ao consumo global, calculado em 169,5 milhões de sacas, é considerado um novo recorde, com aumento de 0,3% em comparação com o ciclo anterior. A produção brasileira está prevista em 58,08 milhões de sacas, conforme o primeiro levantamento divulgado em janeiro pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), volume 5,5% superior à produção de 2023.