Perdendo apenas para o Mato Grosso, que tem 29,7% do mercado, o Paraná é o segundo maior produtor de grãos, tendo 13,4% de participação. É o que confirma o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado nesta quinta-feira, 13 fevereiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Somados, Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul (12,4%), Goiás (11,1%), Mato Grosso do Sul (7,8%) e Minas Gerais (5,4%) representaram 79,8% do total. As principais variações absolutas positivas nas estimativas da produção, em relação ao mês anterior, ocorreram no Mato Grosso (3.000.592 t), em Goiás (1.138.400 t), no Distrito Federal (25.062 t), no Piauí (12.764 t), no Pará (7.503 t), no Tocantins (3.802 t), em Rondônia (2.719 t), no Maranhão (1.137 t) e no Ceará (660 t), enquanto a variação negativa ocorreu no Paraná (-1.469.300 t).
A safra brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas deve alcançar um recorde de 325,3 milhões de toneladas em 2025, de acordo com a estimativa de janeiro do LSPA. Este resultado é 11,1%, ou 32,6 milhões de toneladas, maior do que a safra obtida em 2024 (292,7 milhões de toneladas) e 0,8% maior (1,7 milhão de toneladas) do que o prognóstico de dezembro de 2024.
A área a ser colhida deve ser de 80,9 milhões de hectares, um aumento de 2,4% frente à área colhida em 2024 (1,8 milhão de hectares a mais). Em relação ao mês anterior, a área a ser colhida aumentou em 472.102 hectares (0,6%).
Em relação à produção, algodão e soja devem bater recordes. A estimativa para a produção de algodão é de 9,0 milhões de toneladas, um acréscimo de 1,6% tanto em relação ao terceiro prognóstico para 2025, realizado em dezembro de 2024, quanto em relação à safra de 2024. Já a soja teve redução de 0,4% em relação ao último prognóstico e aumento de 14,9% em comparação à safra do ano passado, chegando a 166,5 milhões de toneladas. Quanto ao milho, a estimativa da produção foi de 124,1 milhões de toneladas, crescimentos de 3,0% em relação ao 3º prognóstico (dezembro) e de 8,2% em relação ao volume produzido em 2024.
As cinco regiões tiveram alta nas estimativas de produção: Centro-Oeste (48.9%), Sul (27,8%), Sudeste (8,8%), Nordeste (8,7%) e Norte (5,8%). Quanto à variação mensal, houve crescimento na Região Norte (3,4%) e estabilidade no Sudeste (0,0%), enquanto as demais regiões apresentaram declínios: Nordeste (-1,6%), Sul (-2,6%) e Centro-Oeste (-0,6%).