O Projeto de Lei que causou tumulto na última sessão ordinária da Câmara de Floresta, segunda-feira, 5, quando vereadores foram vaiados, o presidente da Casa mandou a polícia retirar alguém que o olhou com ‘cara feia’ e encerrou a sessão abruptamente, volta à pauta nesta segunda-feira, 14, para a segunda discussão e votação. A previsão é de mais confusão.
O projeto é de autoria do Poder Executivo e objetiva criar uma secretaria para planejamento e elaboração de projetos e outra para cuidar da área de meio ambiente, além de autorizar a contratação de servidores em regime de comissão. A confusão começou dias antes, quando o projeto ainda tramitava nas comissões permanentes da Câmara e um vereador apresentou uma emenda supressiva que retirava do projeto a contratação de servidores comissionados.
Com a notícia que vereadores da oposição fariam tudo para que o projeto fosse reprovado, dezenas de pessoas foram para a Câmara, umas para apoiar os vereadores, outras para pressioná-los. O presidente da Casa, Carlos Cândido Barbosa, o Carlinhos da Amortech (PSD), que por alguns dias foi aliado ao prefeito Rogério Mendes (PSD) e agora é seu maior algoz, chamou segurança privada e mais a Polícia Militar para garantir a realização da sessão e a segurança dos vereadores.
Quatro vereadores foram favoráveis à aprovação do projeto da forma que foi enviado pelo Executivo, outros quatro o queriam com a emenda que tirava a contratação de servidores comissionados. O desempate foi com o voto minerva do presidente Carlinhos da Amortech.
Como já era previsto, ele votou contra o projeto, a manifestação do público presente aumentou com gritos e xingamentos e a sessão foi encerrada às pressas.
Público diz que falta transparência na Câmara
Apontado como pessoa capaz de qualquer coisa para prejudicar o prefeito Rogério Mendes e sua administração, o presidente da Câmara diz que as atitudes dele e dos demais vereadores de oposição são para proteger o dinheiro público.
Ele diz estar sob pressão e alega estar ciente que essa pressão pode aumentar, inclusive com ameaças. Certamente ele se refere ao fato de ter sido denunciado por populares ao Ministério Público por não ter dado transparência às atividades do Legislativo. Segundo os denunciantes, não foram colocados no Portal da Transparência os dados referentes a 2024 e aos primeiros meses de 2025, o que foi feito na semana passada quando se soube da denúncia ao MP.
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