Governo do Paraná já abriu 3.616 leitos de covid-19 em um ano de pandemia

Governo do Paraná abre 3.616 leitos de covid-19 em um ano de pandemia

Foto: Agência Estadual de Notícias

O Governo do Paraná já abriu 3.616 leitos restritos para pacientes com casos confirmados ou suspeitos de covid-19, perto de completar um ano desde o comunicado das primeiras regras de confronto à pandemia de coronavírus. Esta é a quantia de leitos ativos até a manhã de ontem, considerada como a maior desde que começou a pandemia, porém a estimativa da Secretaria de Estado da Saúde é colocar mais 155 em operação nas próximas semanas.

A quantidade de leitos de UTI abertos no período é superior ao que foi formado nos últimos 20 anos no Estado. Instalada gradativamente, de acordo com o progresso dos casos no Paraná, a organização já foi usada por aproximadamente 55 mil pessoas que foram hospitalizadas para tratar dos problemas em decorrência do coronavírus.

Expansão da rede hospitalar

O Governo do Estado designou R$163,2 milhões na expansão da rede hospitalar nas 22 Regionais de Saúde, com acréscimo de leitos em hospitais públicos e particulares que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Com a escalada da contaminação nas últimas semanas, o Estado preserva o aumento das UTIs e enfermarias.

“Desde os primeiros casos, tivemos a estratégia de ampliar o atendimento regional e disponibilizamos leitos para todo o Estado. Apostamos em melhorar o que já existia e não abrimos hospitais de campanha, que custam muito e acabam não sendo incorporados à estrutura de saúde”, disse o governador Carlos Massa Ratinho Junior. “Mas os recursos são finitos. Os profissionais de saúde trabalharam de maneira árdua ao longo do último ano, está cada vez mais difícil para as equipes da linha de frente.”

Apesar disso, teve um aumento de 630 leitos somente neste ano, ou seja, quase metade deles ativados na última semana pelo Governo do Estado. Além dos novos leitos, 251 de UTI e 379 de enfermaria, outros 155 são esperados para entrarem em operação nas próximas semanas, sendo 67 de UTI.

Índice de ocupação

Até a terça-feira (2), o índice de ocupação das UTIs estava em 92% no Paraná com circunstância mais crítica na Macrorregião Oeste, que atingiu 97%. “Nosso planejamento é baseado em estudos que apontam os cenários da curva de contágio, mas a situação atual é pior que a previsão mais pessimista. A taxa de ocupação está muito alta e o sistema está operando dentro do limite”, ressalta o secretário estadual da Saúde, Beto Preto.

Retrospectiva

Os leitos privativos começaram a ser ativados em março do ano passado e foram oferecidos devagar, seguindo a demanda. O primeiro anúncio de expansão aconteceu em 26 de março, com a criação de 264 leitos exclusivos. No dia seguinte, já existia 1.192 leitos ativos, incluindo 15 UTIs pediátricas. Até o final daquele mês, o contexto no Estado era de 185 casos confirmados e apenas três mortes.

Um mês depois, no final de abril, o Estado alcançava 1.407 confirmações e 86 óbitos, além de ter mais leitos ativos do que pessoas contaminadas, isto é, eram 1.704 unidades, sendo 574 UTIs e 1.130 enfermarias adulto e pediátricas.

Em junho, o Governo do Estado começou  uma nova tática de ampliação da rede de retaguarda, com a entrega, antes do prazo final, de três hospitais no Interior. Os Hospitais Regionais de Guarapuava, no Centro-Sul; Ivaiporã, no Vale do Ivaí, e de Telêmaco Borba, tiveram as obras agilizadas e passaram então a fazer o atendimento dos pacientes com coronavírus.

A evolução da pandemia no Paraná, com o já esperado crescimento na demanda do conjunto hospitalar no decorrer o inverno, induziu na oferta de leitos. No final de junho, o Paraná excedeu a marca de 22 mil pessoas contaminadas e contava com 636 óbitos. A quantia de leitos abertos chegava a 2.177.

Junto à elevação da curva de contágio, também houve um primeiro pico de leitos disponibilizados. Em 19 de agosto, havia 2.783 leitos ativos no Estado,  considerado como o  maior até então, com o número de UTIs (1.150) já mais próximo aos de enfermaria (1.663). O Paraná tinha108.659 casos confirmados. A média móvel, entretanto, vinha caindo, com 1.723 casos e 28 óbitos diários no decorrer de uma semana.

A diminuição dos índices de infecção fez a Secretaria de Estado da Saúde desativar alguns leitos aos poucos, movimentação que perdurou até metade de novembro. Do início até o final daqueles meses,  as unidades ativas passaram de 2.080, no dia 3 e 2.559 unidades no dia 30, quantia que desde então só aumentou.

Contexto atual

O Paraná já começou este ano com o indicativo de alerta ligado e percorre neste momento o período mais crítico. Desde meados de janeiro, o total de leitos concedidos pela Secretaria da Saúde passou dos 3 mil ativos. A quantidade disponível atualmente é a maior a princípio, sendo 3.616 leitos em 1.405 UTIs e 2.211 clínicos, com a estimativa de expansão nas próximas semanas para suprir a demanda.

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