Guarapuava, na região central do Estado, deverá ser a terceira cidade do interior do Paraná a contar com um grupo de Jogadores Anônimos (JA), irmandade formada por pessoas que sentem compulsão pelo jogo e apoiam-se umas nas outras e assim conseguem controlar o desejo de apostar. As outras duas cidades são Londrina e Maringá, que oficializaram seus grupos há três semanas com apoio de grupos do Rio de Janeiro, São Paulo e Curitiba.
A iniciativa de criar um grupo de JA é de uma jogadora compulsiva, que conheceu a programação baseada em passos para a recuperação quando estava internada em uma clínica em tratamento contra sua maneira descontrolada de apostar.
Ela ficou sabendo que o programa dos 12 Passos é a principal estratégia de recuperação contra a compulsão empregada por todos os grupos que carregam a denominação “Anônimo”, como Alcoólicos Anônimos, Narcóticos Anônimos e outros. Ficou sabendo também da existência de uma instituição voltada somente a quem tem problemas com o jogo, o Alcoólicos Anônimos.
Sabendo que estavam sendo criados grupos de JA em Londrina e Maringá, a jogadora compulsiva – que está sem jogar desde que deixou a clínica, há mais de um ano – conseguiu contactar um dos fundadores do grupo de Londrina e já está recebendo apoio.
Mais apoio ela teve ao levar o caso a um padre de sua cidade, que imediatamente disponibilizou uma sala em sua paróquia para reuniões. O padre sempre apoiou os grupos de recuperação, tanto que já tem em sua igreja grupos de Alcoólicos Anônimos e de outras duas instituições do grupo Anônimos e acha que Guarapuava precisa imediatamente de um grupo de Jogadores Anônimos.
Ele disse que assim que forem iniciadas as reuniões, ele vai falar sobre o assunto durante as missas e nas reuniões com famílias. Segundo disse, continuamente chega a seu conhecimento que famílias estão sofrendo por causa da maneira compulsiva com que algum de seus membros se envolve com o jogo.
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