Nadiro da Silva Souza, que em maio amarrou sua filha Maria Cecília da Silva de Souza, de 4 anos, torturou-a, deixou-a sem comer e por fim matou a menina estrangulada e jogou o corpo em um rio, foi condenado a 49 anos e 10 meses de prisão em julgamento realizado nesta quarta-feira. O crime aconteceu em maio em Terra Rica, cidade da região de Paranavaí.
Nadiro foi condenado por homicídio com cinco qualificadoras, ocultação de cadáver e fraude processual. As qualificadoras são feminicídio, asfixia, motivo torpe, recurso que impossibilitou a defesa da vítima e vítima menor de 14 anos.
O corpo de jurados foi formado por sete mulheres.
A defesa diz estudar a possibilidade de entrar com recurso para tentar reduzir a pena.
“Ela já está morta”
Nadiro nunca aceitou a separação com Beatriz Silva Félix, jovem com quem teve um relacionamento, do qual nasceu Maria Cecília. O homem conseguiu na Justiça o direito de ficar com a filha quando estivesse de folga e foi feito um acordo com a mãe. Em maio, ele tinha levado a menina e como estava demorando para levá-la de volta, Beatriz enviou uma mensagem pelo Whatsapp pedindo que devolvesse Maria Cecília. Ele respondeu na mensagem que “ela já está morta”. Além disso, ele mostrou uma gravação em que se ouvia o choro de Maria Cecília.
O corpo da menina foi encontrado no dia 13 de maio no Rio do Corvo, um afluente do Rio Paranapanema. O Instituto Médico Legal (IML) concluiu que a menina havia sido amarrada e torturada e que foi morta por asfixia.
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