Catorze artistas da cidade considerados como agentes culturais, receberam auxílio emergencial vindo pelo governo por meio da Lei Aldir Blanc no ano passado. As áreas contempladas foram artes visuais, plásticas, audiovisual e artesanato.
O método de seleção começou em agosto de 2020 com uma nota encaminhada pelo governo para a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo. Após isso, foi realizado um mapeamento do município, verificando a quantidade de artistas e os que já participavam da Casa da Cultura. Em seguida, saiu o edital e foi verificado as regras. A documentação foi feita e enviada para o Conselho Municipal de Cultura.
Para auxiliar no procedimento, foi criado uma comissão. Um grupo de trabalho que está monitorando constantemente e acompanhando todo o processo. Os artistas foram solicitados para que fizessem um vídeo contando um pouco sobre o trabalho de cada um, com avaliação prévia. A segunda etapa do processo foi a assinatura de contratos, entrega do portfólio gravados em pen drive e o recebimento do auxílio emergencial. Ao todo, o município recebeu o valor de quase 53 mil.
De acordo com a secretária executiva da Secretaria de Cultura e Turismo, Sônia Maria de Mattos, para ser integrante da lei Aldir Blanc no município, era preciso seguir alguns requisitos básicos, como ter o vínculo com a secretaria de cultura há mais de dois anos, não ser funcionário público e não ter alguma ligação familiar na prefeitura. “Essa lei veio para beneficiar esses artistas que não estavam tendo recursos, pois os barzinhos pararam, os eventos. Os artistas plásticos e outros artesãos também sofreram com a pandemia”, diz.
O dinheiro foi recebido de uma vez. Além dos 14 artistas, a rádio Canoa Grande do município também recebeu uma premiação pelo benefício que tem feito para a comunidade.
Devido a pandemia do coronavírus, não houve um evento para a entrega dos auxílios emergenciais, foi feito de forma individual, não havendo aglomeração e filas. Segundo Sônia, foi até pensado em realizar uma feira com o distanciamento correto e stands, mas a atitude foi repensada. “A gente pensou o máximo para que não pudesse colocar ninguém em risco.”
Fernando Israel da Silva, 33, foi um dos agentes culturais contemplados. Ele é artista plástico há três anos e relata que enfrentou dificuldades para vender as obras. “Utilizei o auxílio tanto para uso pessoal, quanto para comprar materiais para mim. Consegui ampliar o meu espaço de trabalho.”
