A JBS, empresa brasileira que está entre as maiores do mundo no ramo de alimentos, com fábricas e escritórios em dezenas de países, inaugura nesta sexta-feira, 27, uma fábrica de produção de empanados de frango e outra de salsichas em seu complexo de Rolândia. Os investimentos nas duas plantas somam cerca de R$ 1 bilhão e fazem parte da estratégia da empresa de fortalecer a expansão da marca Seara com produtos de maior valor agregado.
O plano de expansão foi anunciado em 2019. A meta, segundo a empresa, é investir R$ 8 bilhões em cinco anos no Brasil, a maior parte na Seara.
Com aquisições e crescimento orgânico, a Seara faturou R$ 44 bilhões em 2022. Quando foi adquirida pela JBS, em 2013, a receita girava em torno de R$ 6 bilhões.
Maior empregador da região
O complexo industrial de Rolândia já é antigo. Lá, a JBS já produzia carne de frango e rações. A nova planta de empanados começou a rodar em março e a de salsicha deve entrar em operação em novembro.
A empresa tinha uma média de 3,8 mil funcionários em Rolândia até o início deste ano, mas o número já subiu para 4,5 mil e deverá chegar a 6 mil quando as capacidades instaladas forem alcançadas.
O número de funcionários que a empresa terá em breve corresponde a cerca de 10% da população de Rolândia.
“Somos o supermercado do mundo”
Em recente conversa com a imprensa de Maringá, o governador Carlos Massa Ratinho Júnior (PSD) destacou que a indústria de transformação faz com que o Paraná se consolide como um dos maiores produtores de alimentos do planeta. “É ela que nos transforma agora no supermercado do mundo, industrializando o máximo que pudermos”. Para ele, “as grandes empresas, as cooperativas, as multinacionais estão buscando no Paraná a industrialização e isto é muito bom, pois gera emprego, ajuda no comércio, leva mais renda para todas as cidades”.
O mundo vai precisar mais alimento
Ratinho Júnior disse que se hoje o Paraná já é protagonista como produtor, será muito mais comercializando produtos industrializados. Ele se baseou em um estudo que aponta que o mundo vai precisar produzir 20% a mais alimentos nos próximos 10 anos. “E desse tanto que o mundo vai precisar, 80% serão produzidos pela América Latina e desse volume 70% serão produzidos pelo Brasil, onde o Paraná é o maior produtor”.