Atendendo solicitação do Ministério Público do Paraná, a juiza Ketbi Astir José, da Comarca de Sarandi, determinou intervenção no Hospital Metropolitano de Sarandi, que há dias está sob ameaça de greve dos funcionários por falta de pagamento, faltam medicamentos e até profissionais para atendimento aos pacientes.
Na decisão, a magistrada determina que a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná ficará responsável pela administração do hospital provisoriamente e garanta a coontinuidade da prestação de serviço, uma vez que o Metropolitano é credenciado pela secretaria para prestar atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
A liminar prevê ainda que os administradores destituídos fiquem impedidos de acessar as contas bancárias do hospital e da rede clínica Radius Clínicas SS, bem como revoga todas as procurações que lhes conferiam poder de gestão.
O Metropolitano recebe 30% dos pacientes SUS dos 30 municípios da área de abrangência da 15ª Regional de Saúde.
Pela determinação da Justiça, a intervenção é imediata e a Secretaria de Saúde tem 24 horas para apresentar o nome do administrador pela intervenção.
Neste início de semana, alguns pacientes foram transferidos do Hospital Metropolitano para outros hospitais e outros aguardam vagas em outros hospitais para também serem transferidos.
A Secretaria de Saúde emitiu uma nota na manhã desta terça-feira informando que já acompanhava a situação caótica do hospital de Sarandi e que trabalha “ativamente para resolver as pendências, identificar e restaurar a plena capacidade de atendimento da unidade, sobretudo em relação ao seu atendimento para usuários do SUS”.
- Risco de fechamento do Hospital Metropolitano preopado padres da região
- Morre o médico Samuel Funari, fundador do Hospital Metropolitano de Sarandi
Ex-proprietários entram na Justiça
Embora a Rede Metropolitana de Assistência à Saúde esteja convivendo com ameaças de greve de funcionários por falta de pagamentos, credores na Justiça e o constante encolhimento nos serviços do hospital, foram os ex-proprietários que conseguiram na Justiça a intervenção no Hospital Metropolitano.
O Escritório Fabrilo Rosa Trovão Akamine – Sociedade de Advogados, representando os ex-pprooprietários do hospital, entrou com ação em que apresentou indícios que o MP considerou ppara seu pedido de intervenção, destituindo os administradores que representam a Rede Metropolitana.
O escritório, que tem entre os associados o presidente da subseção de Maringá da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Eder Fabrilo Rosa, representa a família Ferri, que, junto com outros médicos, fundou o Hospital Metropolitano há quase 40 anos e o transformou em um dos maiores hospitais do interior do Paraná, porta de entrada para o SUS para moradores dos 30 municípios da área de abrangência da 15ª Regional de Saúde.