Os moradores de Munhoz de Melo (a 48 quilômetros de Maringá) ainda não sabem quem assumirá a prefeitura no dia 1º. de janeiro e nem por quem serão governados nos próximos quatro anos. Sabe-se que quem assumirá como prefeito será aquele que for escolhido presidente da Câmara de Vereadores.
O vencedor da eleição, Gilmar José Benkendorf Silva, teve o registro anulado, a Justiça Eleitoral entendeu que não é o caso de considerar vencedor o segundo colocado na votação, o atual vice-prefeito Áureo Gomes (DEM), e anunciou que uma nova eleição será realizada no município somente para prefeito e vice-prefeito.
Gilmar, que já foi prefeito em outros dois mandatos e obteve 55,95% dos votos no pleito, foi alvo de denúncia na Justiça Eleitoral feita por uma chapa adversária, que o acusou de não se desincompatibilizar do cargo de secretário municipal de Agricultura em tempo hábil para disputar a prefeitura. No papel, a desincompatibilização aconteceu dentro do prazo, mas adversários dizem que ele continuou na função. Já se esgotaram os recursos.
Segundo o ex-prefeito, ele fez a desincompatibilização no prazo certo, porém os denunciantes o denunciaram usando como prova uma fotografia de um dia em que ele compareceu à secretaria para ajudar a resolver um problema de terceiros. “Infelizmente, a Justiça aceitou a foto como se fosse uma prova verdadeira”.
Mesmo com a situação indefinida na Justiça, Gilmar Silva recebeu 1.628 votos, enquanto Áureo Gomes ficou com 1.180 e o engenheiro Hélio Rodrigues Teixeira (PV) 102.
A coligação que apoiou a candidatura de Gilmar Silva elegeu 6 dos 9 vereadores e não deverá ter dificuldade para eleger o presidente da Câmara, que será empossado como prefeito até a realização da eleição. A eleição da Mesa Diretora da Câmara acontece na manhã do dia 1º. de janeiro.