O índice de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) do Sistema Único de Saúde (SUS) no Paraná está abaixo de 70% pela primeira vez desde novembro. Dessa maneira, hoje, segundo o boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde, a ocupação está em 68%, contra 69% de oito meses atrás. Desde aquela época, a ocupação sempre ficou acima dessa taxa, mesmo com a ampliação de leitos, de 898 para 1.949, um avanço de 117% no atendimento.
O índice é atingido depois de uma continuação de marcos relevantes na baixa de ocupação de leitos de UTI. O indicativo caiu de 90% em 5 de julho. A taxa estava no patamar de 90% desde 21 de fevereiro, quando o Estado estava no começo da segunda onda do coronavírus. No dia 13 de julho, há oito dias, foi para 79%, abaixo do patamar de 80%, isto é, é a terceira vez no mesmo mês com queda, que já está concentrada em 24 pontos percentuais.
A quantia é aproximada com o progresso da imunização, que já chegou a 63% da população com ao menos uma dose e mais de 20% com proteção concluída, além de queda nas taxas de transmissão.
“O Paraná enfrentou um final de 2020 e um primeiro semestre muito duro no enfrentamento da pandemia, com ocupações em níveis altíssimos, e essas reduções apontam para uma queda nas internações. É uma prova de que as vacinas são eficientes e que estamos formando um escudo coletivo contra o vírus”, afirmou o secretário estadual de Saúde, Beto Preto.
Entretanto, ainda são 1.321 internados nos 1.949 leitos exclusivos presentes. As menores ocupações são Noroeste (63%), Leste (67%), e Norte e Oeste (71%). Em leitos de enfermaria a taxa de ocupação é de 42%, ou seja, 1.089 internados em 2.624 espaços exclusivos, com indicadores variando entre 32% (Oeste) e 46% (Leste). Existem 65 pessoas na fila por um leito. Essa irregularidade entre espera e ocupação acontecem por espaços diferentes nas notificações.
Há também outros 766 pacientes internados em leitos de UTI de hospitais particulares.
Boletim
De acordo com o boletim, as médias móveis de casos (-45,2%) e óbitos (-64,8%) continuam caindo, que revela um contexto mais positivo em relação a 14 dias atrás, conforme os registros datados, porém, não divulgados.
Os casos também estão em queda pela sétima semana epidemiológica seguida, sendo que as duas últimas foram as com menos registros desde janeiro. No delineamento de óbitos nas semanas epidemiológicas, a queda também é seguida há sete períodos.
Outro índice que também apresentou queda foi a taxa de transmissão (Rt), quantia que mostra a velocidade de contágio pelo vírus em uma determinada área. No Paraná, a Rt está em 0,75 hoje, o que quer dizer que 100 pessoas com Sars-Cov-2 contaminam por volta de75 novos indivíduos É a segunda menor taxa do País.
Os dados são do sistema Loft.Science, que calcula o Rt médio de todos os Estados e do Brasil baseado em um algoritmo feito pela empresa. O Rt sugere quando o contágio pelo vírus está rápido e é maior que 1, estável, sendo igual a 1, ou em remissão, menor que 1, única circunstância que revela uma melhora na situação epidêmica. Quanto mais próximo de zero, menores as possibilidades de contágio.
O Paraná está em remissão desde 1º de julho, quando a Rt passou de 1,09 para 0,99. Com isso, o número revela para uma tendência de redução da transmissão no Paraná. O menor índice foi de 0,68 em 11 de julho.