“Marialva é como uma casa e os moradores são uma grande família”, diz Victor Martini

Marialva é como uma casa

O prefeito Victor Martini nasceu em Marialva e cresceu junto com a cidade Foto: Reprodução

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Quando o prefeito de Marialva, Victor Celso Martini, nasceu, em 1982, a cidade era uma jovem de 30 anos, ainda sem estrutura e vivendo uma fase de transição, já que pouco antes as geadas tinham dizimado os cafezais que respondiam pela economia até então, muitos agricultores quebraram, alguns venderam o que tinham e foram embora para a fronteira Norte do Brasil e muitos dos que ficaram ainda não tinham se recuperado e nem decidido o que fariam com seus lotes.

A família dele também vivia o drama. Sua família pelo lado da mãe já vivia há décadas em Marialva vivendo da agricultura e o pai, Celso Martini, também era agricultor.

Assim, o garoto cresceu vendo Marialva tentando definir uma nova identidade sem a cafeicultura – o mesmo drama dos demais municípios do Paraná – ao mesmo tempo em que via as cidades incharem diante do maior êxodo rural da história do Brasil. Algumas dobravam a população em quatro ou cinco anos, como aconteceu com o vizinho Sarandi, e não conseguiam oferecer estrutura no mesmo ritmo em que a população aumentava.

Foi nessa efervescência que Victor Martini cresceu, estudou, se formou, formou família e aos 33 anos foi eleito prefeito de sua cidade, quatro anos depois foi reeleito.

 

O MARINGÁ – Vai ser possível construir aquela cidade que o senhor sonhava quando era um menino crescendo nas ruas de Marialva?

VICTOR CELSO MARTINI – Em alguns aspectos ela já é bem parecida com a que sonhei. Eu não imaginava aquelas cidades grandes, muito movimentadas, mas sim um lugar que fosse agradável, gostoso de se viver, uma cidade em que as pessoas se sentissem bem. Nesse ponto acho que Marialva já é assim, sempre foi assim, sempre foi agradável e as pessoas que moram aqui amam a cidade, cuidam dela, ajudam para que ela esteja sempre melhorando.

 

Isso é um diferencial?

É nos momentos críticos que essa união dos marialvenses aparece. Na pandemia, por exemplo, todo mundo se uniu para evitar a transmissão do vírus e assim passamos de uma forma relativamente segura pelos momentos cruciais da crise sanitária. Mas, o tempo todo nota-se o amor do povo pela cidade, a preocupação com proteger, cuidar, as pessoas cuidam umas das outras e quando têm oportunidade de conversar com o prefeito, vereadores ou secretários, elas sempre apresentam sugestões para melhorar essa ou aquela situação.

 

Como prefeito, o senhor está contribuindo para isto?

Nossa preocupação sempre foi preparar a cidade para as próximas gerações, mas ao mesmo tempo oferecer as condições para que a geração atual tenha uma cidade com qualidade de vida. Estamos investindo  em infraestrutura para que os bairros tenham tudo o que precisam, como água de boa qualidade, rede de esgoto sanitário chegando a todos os domicílios, creches, escolas, unidades de saúde, asfalto…

Vosta aérea da igreja matriz Foto: Reprodução

Como será essa Marialva das próximas gerações?

Nós trabalhamos com a meta de preparar a cidade para daqui a 20 ou 30 anos. Estamos mexendo no Plano Diretor, levando infraestrutura de forma organizada aos bairros, esgoto sanitário, e os novos loteamentos já são projetados com a estrutura necessária para que os moradores no futuro não fiquem dependendo de intervenções da prefeitura para consertar uma coisa ou outra, como tem sido por muitos anos. Um bom planejamento agora vai evitar muitos problemas no futuro.

 

E os moradores vão viver como, se sustentar de quê?

Marialva está passando por uma nova fase de transição. Nesses últimos anos foram abertos novos loteamentos e outros estão para sair. Isto está acontecendo porque Marialva é a bola da vez em crescimento populacional e recebimento de empresas.

 

Como assim?

Maringá é um pólo que cresce muito, cresce rápido, atrai moradores, tem boa estrutura, empresas, universidades, mas é uma cidade difícil para alguém comprar um terreno para construir uma casa. Por isso, Sarandi explodiu nas últimas décadas, agora é a vez de Paiçandu, na sequência vão crescer Marialva e Mandaguaçu e isso vai acontecer também, na hora certa, com Presidente Castelo Branco, Floresta e Iguaraçu. Os municípios que estiverem organizados e estruturados receberão esse crescimento de forma tranqüila. Marialva, além de oferecer boas condições para quem quer morar bem, está preparada para o crescimento.

 

Não há o risco de virar uma cidade dormitório?

Também as empresas estão procurando cidades para instalar suas estruturas e Marialva dispõe de condições ideais para empresas de qualquer ramo. Várias já estão vindo, outras demonstram interesse em vir e vamos realizar um trabalho para mostrar ao empresariado o que Marialva tem a oferecer. Com a vinda dessas empresas, vamos ter trabalho para todos que vivem aqui e todos que virão viver numa Marialva cada vez melhor.

 

Que mensagem se pode deixar a esse povo que ajuda a construir a cidade a cada dia?

A cidade é sua gente. Se a cidade está indo bem é sinal de que seus moradores estão preocupados e trabalhando para melhorá-la a cada dia. Então, minha mensagem nesta data que nossa cidade está fazendo 70 anos, é para que cada um cuide de nossa cidade como quem cuida da própria casa, da própria família, pois Marialva é nossa casa e sentimos cada um dos moradores como uma grande família.

 

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