Eleitos para governar Marialva a partir de 2025 em um mandato de quatro anos, Flávia Cheroni (PSD), prefeita, e Subtenente Wanderley (PL), vice, querem priorizar a área da saúde nos primeiros meses da nova gestão municipal.
“Claro que existem algumas prioridades e dentre elas destacamos que a saúde é a maior delas. Precisamos adequar, ajustar, melhorar, potencializar a saúde do nosso município”, diz Cheroni, em entrevista nos estúdios do jornal O Maringá.
Segundo a prefeita eleita, isso se conseguirá com muitas ações, caso da agilidade nos atendimentos e mais consultas. “Porque Marialva espera muito em filas. Às vezes, um ano, dois anos para uma especialidade. Temos questões de idosos indo fazer cirurgias de catarata muito longe de Marialva, 200 km, 300 km. Essas são as dores do nosso povo, que nós tivemos percepção nesse momento de campanha e assumimos um plano de governo realmente eficaz”.
Ela destaca que, entre as ações, a maior delas e mais audaciosa, muito esperada pela população, é o hospital no município. No passado, a Capital da Uva Final chegou a contar ao menos com duas unidades desse porte; mas hoje nenhuma. “Nós andamos em todos os bairros, no Centro, nos distritos, na zona rural, o anseio é por um hospital. Nós não vamos medir esforços, nós vamos lutar incansavelmente para que o nosso povo tenha hospital”, afirma Cheroni, dizendo que quer uma unidade hospitalar de qualidade.
Emprego
Outro ponto abordado por Cheroni/Wanderley é a geração de empregos. Uma parte da população costuma morar na Capital da Uva Fina e trabalhar em Sarandi ou Maringá, cidades muito próximas.
Nesse sentido, Cheroni defende que é preciso levar empregabilidade para Marialva, capacitando e oferecendo mão de obra qualificada para as empresas, além de atrair a vinda de outras. “Convencer que Marialva é o melhor lugar para elas estarem, para o nosso povo ter emprego e poder permanecer”, fortalecendo também o comércio e a indústria.
Segurança
Com histórico de 30 anos na Polícia Militar, o Subtenente Wanderley acredita que pode contribuir para a área da segurança marialvense. “Porque segurança traz qualidade de vida também para os moradores. Vamos atuar firmemente nessa área”, diz, destacando que as decisões serão tomadas em conjunto com a prefeita eleita.
Trânsito
Nos últimos anos, ocorreram mudanças no fluxo de veículos em Marialva, enfrentando horários de pico. Por exemplo, ruas como a Washington Luiz e a avenida Cristóvão Colombo, no Centro, sofrem com a movimentação intensa e os engarrafamentos.
Segundo Cheroni, em conversa com o vice eleito Wanderley e a equipe, é necessário fazer um estudo embasado para melhorar o trânsito marialvense. “Para isso, nós colocamos no nosso plano de governo alguns viadutos que dariam maior fluxo, dentro do centro da cidade; trincheiras em alguns pontos da cidade; marginais que ligam Marialva até Sarandi”.
Outro ponto alertado pelo Subtenente Wanderley é o crescimento populacional da Capital, que passou de 20 mil para 45 mil habitantes ao longo do tempo. “O problema de toda cidade, nas horas de pico, esse problema de trânsito. Tem que salientar isso. E logicamente tem que reestruturar e fazer algumas medidas”.
Secretariado
Em reunião recente com o atual prefeito Victor Martini, para tratar também da transição de governo, Cheroni e Wanderley tomaram conhecimento do organograma da Prefeitura de Marialva. Com base nesses dados, começaram a pensar na montagem do futuro secretariado.
“Fizemos uma campanha com muita liberdade, com muita segurança e com muita alegria. Também sem promessa de empregos”, explica Cheroni, destacando que a escolha será de pessoas competentes, eficientes e que vão representar o Executivo.
Nesse sentido, o vice eleito estará dedicado ao Executivo. Ou seja, já declarou que não assumirá nenhuma pasta municipal. “Vamos estar junto com a população, pegando as orientações da prefeita, decidindo as coisas junto e para que o município tem uma governança para todos e uma governança importante que vai melhorar a qualidade de vida dos moradores de Marialva”, diz Wanderley.
Votação
Pela primeira vez em sua história recente, desde a redemocratização nos anos de 1980, Marialva teve sete candidatos a prefeito. A disputa acabou se concentrando em três nomes na reta final, sendo que o feito inédito é a eleição de uma mulher encabeçando a chapa, com 7.770 votos (35,16%) contabilizados nas urnas ao final da apuração do dia 6 de outubro.
“Para Marialva, é um momento histórico e eu estou muito feliz, muito agradecida de poder fazer parte dessa história, de construir uma história política com uma liderança feminina e que eu realmente quero ser esse instrumento, essa pessoa que vai mudar a história da política na nossa cidade”, diz Cheroni, destacando o olhar mais atento do feminino.
Aliás, é a sua primeira eleição. Ela construiu sua carreira profissional na área do ensino, na função de professora e diretora de colégio público.
