Região Norte/Noroeste busca aumentar o número de cafeicultores

Segundo o secretário municipal de Agricultura e Pecuária, Nathan Bortolon, são cerca de 200 hectares plantados em Marialva. Mas o planejamento é de incrementar a produção cafeeira, incluindo ações em municípios como Apucarana, Jandaia do Sul, Paiçandu e Londrina, na região

Cafe principal

Pé de café em Marialva (Crédito: Arquivo/O Maringá)

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Antes de ficar conhecida como a Capital da Uva Fina, Marialva já foi uma grande produtora de café, com direito a destaque em novela da TV Globo. Não à toa, até hoje é possível ver o antigo prédio do Instituto Brasileiro do Café (IBC) na saída para Maringá.

Longe dos áureos tempos do chamado “ouro verde”, o município de pouco mais de 47 mil habitantes (segundo a prévia do Censo 2022) ainda mantém em sua terra vermelha o cultivo de café.

Segundo o secretário municipal de Agricultura e Pecuária, Nathan Bortolon, hoje são cerca de 200 hectares plantados, principalmente na região do distrito de Santa Fé. “O pessoal ainda manteve, como no Santa Fé, seo Jorge, que é um grande produtor”, diz o titular da pasta, acrescentando que a produção geralmente escoa na própria região.

Aliás, o caminho até a localidade, próximo da Torre, costuma ser ponto turístico para o pessoal que gosta de registrar os pés de café à beira da estrada.

Bortolon conta que a ideia é incrementar a produção cafeeira do Norte/Noroeste. “Estamos fazendo um projeto para aumentar o número de produtores de café, em Marialva, Apucarana, Jandaia do Sul, Paiçandu e Londrina”, destacando que há pouco tempo o secretário estadual de Agricultura, Norberto Ortigara, recebeu as demandas para mais projetos que incrementam a produção.

Por exemplo, o município vizinho de Mandaguari é conhecido pela excelência do grão, com selo de procedência, cultivando uma grande área.

Café em Marialva (Crédito: Arquivo/O Maringá)

Culturas
Além do café e da uva, Marialva se caracteriza pela produção de soja, milho, flores, bucha vegetal, trigo, sorgo (que é uma cultura de inverno no lugar do milho).

“Para fazer uma rotação de cultura, tem produtor que acaba plantando o sorgo”, explica Nathan Bortolon, dizendo que a terra ganha uma “respirada” da sequência tradicional de soja/milho.

“Hoje nós temos a uva como carro-chefe, mas tanto os produtores de hortaliças, flores, olerícola, bucha vegetal… acabam sendo referência também”, acrescentando que os produtores têm investido em culturas novas, diversificando e alcançando resultados graças às novas tecnologias.

“Todos os produtores estão contentes em trabalhar com mais de uma cultura e tem dado certo até o momento”.

Bucha
Mas o que tem chamado atenção em terras marialvenses é a produção de bucha, que ganhou força nos últimos três anos. “A maioria dos produtores que têm bucha hoje, tem outra cultura”, explicando que as propriedades maiores costuram diversificar o cultivo, dividindo uma colheita específica com outras.

O secretário cita o caso de um agricultor, Mateus, na Estrada Perobinha que tem mais de 15 mil m² de terras. Ele consegue plantar mais de uma variedade: apicultura com venda de mel; a bucha vegetal; e as olerícolas. “Tem trabalho o ano todo, que ele pode comercializar. Virou um atrativo a mais”, reforça Bortolon, dizendo que o número de produtores de bucha vem aumentando graças ao sucesso de vizinhos que apostaram na cultura.

A safra de bucha é vendida na região e também para fora, com foco no comércio varejista.

Café (Crédito: Arquivo/O Maringá)

Parcerias
Segundo o secretário, Marialva tem parceria com várias empresas para desenvolver ideias e transformar a matéria-prima em outros produtos, caso de geleias, sucos e vinhos originários da uva. Muitos agricultores têm interesse nesse tipo de desdobramento.

Bortolon cita, por exemplo, a Coaviti na produção de vinho.

Festa
A produção agrícola de Marialva está exposta na 23ª Festa da Uva Fina, a pleno vapor no Parque da Uva (Av. Cristóvão Colombo, 87, Jd. Jaguaruna, Marialva-PR) até este domingo, 11 de junho, com entrada franca.

Os visitantes poderão desfrutar da exposição de uvas e flores, que apresentará as excelências da produção local. Além disso, haverá barracas de comidas típicas das instituições socioassistenciais de Marialva, que oferecem uma variedade de opções gastronômicas para todos os gostos e paladares.

A diversão está garantida também no parque de diversões, que conta com brinquedos para todas as idades, proporcionando momentos de alegria e entretenimento para as famílias presentes. Os mais aventureiros poderão se divertir em emocionantes brinquedos, enquanto os pequenos terão a sua própria área com atrações adequadas às suas idades.

Vale lembrar que, além de todo o entretenimento oferecido, há segurança reforçada no evento, com a instalação de 27 câmeras em todo o Parque da Uva e acompanhamento em tempo real, para que todos possam curtir o evento sem maiores problemas.

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