O primeiro caso da variante Ômicron foi constatado no Paraná por meio da Secretaria de Estado de Saúde hoje. Trata-se de um homem de 24 anos, morador de Curitiba, que apresentou os primeiros sintomas no dia 14 de dezembro do ano passado e teve o caso confirmado no dia 18. O caso apareceu em um exame do Laboratório Central do Estado do Paraná (Lacen), e em seguida foi encaminhado à Fiocruz, no Rio de Janeiro, que fez o sequenciamento genômico e identificou a nova variante.
“A variante Ômicron é cerca de 2 ou 3 vezes mais transmissível que a Delta, muito semelhante ao vírus do sarampo. Mas aparentemente menos grave que outras ondas, sobretudo por conta da grande cobertura vacinal no Paraná. É importante frisar que os quadros têm sido leves, mas temos paranaenses que não tomaram nenhuma dose da vacina e ainda não retornaram para a dose de reforço. Se não houver a vacinação, que está disponível nas unidades de saúde, casos mais graves vão acontecer”, afirmou o secretário de Saúde, Beto Preto.
Conforme a Secretaria de Saúde, já existe propagação comunitária da variante Ômicron no Paraná. Os dados podem ser visto devido o progresso de casos em janeiro. Apenas nos primeiros onze dias foram identificados 40.164 infectados. Como comparativo, em dezembro, o total foi de 9.165.
A quantia de casos é parecida com a janeiro de 2021, no começo da imunização, que registou 44.174 casos. A média móvel dos casos teve um crescimento de 1.914,5% em relação aos 14 dias anteriores, na casa de 4.175 por dia.
Até agora, não há previsão de novas normas restritivas para conter o avanço dos casos, contudo, Beto Preto fez um pedido à população para que adote os cuidados preventivos, com a finalidade de conter a transmissão descontrolada.
“Todas as medidas estão no nosso radar, mas nesse momento qualquer tipo de aglomeração fora do comum deve ser evitada. Precisamos retomar os cuidados, caso contrário vamos ver nossos hospitais apresentarem grande lotação nos próximos dias.”