Policial de Paranavaí faz doação de medula óssea; Paraná é o 3º estado que mais realiza o procedimento

Doação aconteceu dia 22 de julho. Daqui dois anos a policial vai poder saber quem recebeu o procedimento - Foto: Arquivo pessoal

 

A policial militar Josiele Veríssimo, do 8º Batalhão da Polícia Militar do Paraná, em Paranavaí, no Noroeste do Estado, realizou no mês passado a doação de medula óssea a um desconhecido.

O procedimento aconteceu em Juiz de Fora/MG, mas teve início em 2018, quando ela participou de uma campanha do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná (Hemepar) para doar sangue e aceitou compartilhar as informações dela com o Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome).

Em novembro de 2023, a soldado recebeu uma ligação do Redome perguntando sobre o estado atual dela de saúde, informando que ela tinha compatibilidade potencial com um paciente que estava precisando de transplante. “Me perguntaram se eu teria disponibilidade, eu disse que sim”, salientou a policial.

O transplante é feito sem que o doador saiba quem é o paciente que vai receber a doação. O procedimento também pode ser agendado em diferentes estados do Brasil, por questões logísticas e pela disponibilidade do sistema de saúde. Os gastos todos são custeados, sem ônus, para o doador e para uma pessoa que o acompanha ao longo do processo de doação.

A policial militar ficou uma semana internada para se preparar para a doação. Ao longo destes dias, ela fez uma preparação para produzir células-tronco para o procedimento. No quarto dia ela chegou a 270 milhões de células, podendo assim realizar o procedimento.

A doação de transplante durou cerca de quatro horas, foi indolor. “Me falaram que eu poderia sentir um pouco de náusea, mas eu não senti nada. Foi muito tranquilo. Fiquei um tempo em observação e logo recebi alta”, afirmou. Depois de dois anos do transplante, ela poderá ter informações sobre quem recebeu a doação.

Números

De acordo com o Redome, o Brasil tem 5,5 milhões de doadores cadastrados e cerca de 2 mil pessoas precisando transplante. Segundo a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), o Paraná é o 3º estado que mais realiza transplantes de medula, com 36,3 procedimentos por milhão de habitantes ao longo de 2023.

Para se registrar, basta procurar um Hemocentro com um documento oficial de identificação e aceitar participar do registro de doadores. No Paraná, isso pode ser feito em qualquer unidade da rede do Hemepar.

 

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