Procon pede para que açougues não vendam ossos e carcaças de animais para indivíduos de baixa renda

Procon pede para que açougues não vendam ossos e carcaças de animais para indivíduos de baixa renda

Foto: SEJUF

O Procon do Paraná, ligado à Secretaria de Justiça, Família e Trabalho, e a Associação Paranaense de Supermercados (Apras) lançaram um alerta administrativo aos mercados, açougues e supermercados para que não vendem ossos de boi ou carcaças de frango e de peixe para indivíduos de baixa renda.

O documento foi assinado hoje e solicita aos estabelecimentos que doem.

De acordo com a chefe do Procon, Claudia Silvano, o aviso é preciso porque a prática é uma vantagem manifestamente excessiva. “O documento significa um esforço de vários atores da sociedade para que haja a adesão dos estabelecimentos nesse momento tão delicado da economia”, afirmou. “É uma situação atípica. É preciso olhar para esse público.”

O secretário Ney Leprevost afirmou que comercializar este tipo de produto é exploração a um consumidor que está extremamente vulnerabilizado financeiramente. “Não podemos fechar os olhos para essa realidade. Ao invés da venda, os estabelecimentos devem optar pela doação, desde que respeitada a legislação sanitária, com vistas a garantir todos os requisitos de segurança para o consumo do produto.”

A inflação de setembro (1,16%), último indicador publicado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi a mais alta para o mês desde 1994, no acumulado de 12 meses já atingiu 10,25%. O grupo Alimentação e Bebidas teve alta de 1,02%. Contribuíram para o resultado o frango inteiro (4,50%) e o frango em pedaços (4,42%). Os preços das carnes bovinas (-0,21%) recuaram após sete meses seguidos de alta, acumulando variação 24,84% nos últimos 12 meses.

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