O programa Cultivar Energia, que transforma terrenos sob as linhas de alta tensão da Copel em hortas comunitárias, chegou a São José dos Pinhais. A unidade foi inaugurada na última semana no bairro Jardim Itália e amplia o impacto social e ambiental do projeto, que já beneficia centenas de famílias no Paraná. A cerimônia contou com a presença de representantes da Copel, da prefeitura, da Câmara de Vereadores e da comunidade local.
Atualmente, o programa está presente em 11 municípios paranaenses, com 25 hortas em funcionamento. Apenas em 2024, seis novas unidades foram inauguradas: Parigot de Souza III e Mundo Ideal, em Londrina; Jardim Roma, em Almirante Tamandaré; Dembinski II e Semear, em Curitiba; e Vale do Sol, em Foz do Iguaçu. Com isso, cerca de 650 famílias cultivam hortaliças para consumo próprio e venda, impactando positivamente a vida de aproximadamente 2,5 mil pessoas.
Para a moradora do Jardim Itália, em São José dos Pinhais, Marta Fiurst Belizoti, o que faltava para plantar o milho nativo que há anos desejava cultivar era espaço. “Fazia uns quinze anos que eu gostaria de ter esse tipo de milho, então já fiz o plantio ali. É uma coisa pequena, mas de ano em ano você vai tirando um pouco mais e crescendo o plantio”.
No Cultivar Energia de forma geral, mais de 80% da comunidade que cuida das plantações é formada por pessoas idosas, que se beneficiam pelo consumo próprio, pelas doações a vizinhos e familiares, e ainda pela venda do excedente da produção.
“A Copel tem uma forma de cuidar da rede, a prefeitura ganha com a população que se anima e cuida de onde mora, e a própria comunidade se beneficia, pois ocupa o seu tempo e até gera uma renda”, comenta o facilitador da Copel no Cultivar Energia em São José dos Pinhais, Guilherme Camara Righi.
SUSTENTABILIDADE E SEGURANÇA – Desde sua criação, em 2013, o programa se consolidou como uma solução eficiente para o uso seguro das faixas de servidão das linhas de transmissão. Essa iniciativa evita o descarte irregular de resíduos no local e reduz os riscos de ocupação irregular ou queimadas. A Copel cede os espaços, realiza a limpeza, instala cercas e orienta sobre segurança, enquanto as prefeituras oferecem assistência técnica para os horticultores.
IMPACTO SOCIAL – Além de garantir alimentos saudáveis e uma fonte de renda para muitas famílias, as hortas comunitárias fortalecem laços sociais e incentivam práticas sustentáveis. Para os participantes, cultivar a terra vai além da produção de alimentos: é um meio de transformar a rotina, valorizar a comunidade e manter a cidade mais verde e organizada.
“Ao ver o rosto das pessoas e conversar com elas, você percebe realmente o bom impacto desse trabalho e o quanto vale a pena. Para a empresa segue sendo uma excelente oportunidade de proteger seus terrenos ociosos, exercer sua responsabilidade social e reforçar sua marca junto à sociedade”, comenta a coordenadora do Cultivar Energia na Copel, Vanessa Pereira Croge.
CRESCIMENTO – Em 2025, pelo menos oito novas hortas serão implantadas em diferentes municípios do Estado, fortalecendo ainda mais a iniciativa. O programa hoje está presente também em Almirante Tamandaré, Cascavel, Curitiba, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, Londrina, Maringá, Ponta Grossa, Siqueira Campos e Umuarama.
Na rotina de manejo, os horticultores têm como obrigação respeitar normas de segurança como, por exemplo, não trabalhar na área em dias chuvosos, não usar fios metálicos nos canteiros e não permitir que as plantas cultivadas ultrapassem dois metros de altura.
Hortas comunitárias do programa Cultivar Energia Copel: Almirante Tamandaré (Jardim Roma e Alto dos Pinheiros), Cascavel (Brasmadeira), Cascavel (Parque Verde), Curitiba (Augusta B, Casteval, Dembinski I, Dembinski II, Horta Semear, Marumbi I e Marumbi II), Foz do Iguaçu (Vale do Sol), Francisco Beltrão (Horta UPA), Londrina (Jardim Lolata, Mundo Ideal e Parigot de Souza III), Maringá (Cidade Canção, Itaipu e Vila Esperança), Ponta Grossa (Costa Rica), São José dos Pinhais (Jardim Itália), Siqueira Campos (Novo Horizonte I e Novo Horizonte II) e Umuarama (São Cristóvão I e São Cristóvão II).
