A cidade vista pelos próprios moradores. Esta é a premissa do documentário “De Dentro pra Fora – um novo olhar sobre Sarandi” (20 min), que tem direção de Tiago Silva.
Esse filme estreou na noite desta quarta-feira, 9 abril, em sessão no anfiteatro Praça CEU, dentro do projeto Cine Viva Sarandi, que chega a sua quarta semana de exibições de produções sarandienses viabilizadas pela Lei Paulo Gustavo (LPG).
Antes de exibir o filme de Silva, o chefe de Juventude, Cezar Felipe Cardozo Farias, fez as honras da casa, informando inclusive sobre a recém-criada Secretaria da Cultura e Juventude de Sarandi, na gestão do prefeito Carlos De Paula. Muito recente mesmo, pois o novo secretário Paulinho foi nomeado nesta terça, 8, e a Secult começou a funcionar oficialmente na última segunda, 7.
“A gente vai ter muita melhoria de infraestrutura para atender a classe artística”, disse Farias, explicando que os projetos via LPG aprovados no ano passado estão sendo executados em 2025, com acompanhamento da Secult. A produção audiovisual sarandiense vem crescendo, com grandes produtores na cena.
Em sua fala, Tiago Silva explicou que “De Dentro pra Fora – um novo olhar sobre Sarandi” nasceu da proposta de trazer uma nova perspectiva sobre o município, a partir da perspectiva de quem a conhece.
Inclusive, Silva vive há seis anos na região e, na virada de 2023 para 2024, surgiu a oportunidade de morar em Sarandi. A princípio, havia receio por conta da imagem negativa construída em torno dessa cidade limítrofe a Maringá. “Mas eu quero dizer que a experiência foi tão boa que surgiu esse filme, surgiu o desejo de mudar. Estamos morando e vamos continuar morando em Sarandi. Gostamos bastante da cidade”.

Produção em Sarandi
Após a sessão, Tiago Silva comandou uma conversa com três cineastas que estão produzindo em Sarandi: Elaine Teleken, Vinicius de Brito e Amanda Braga.
Teleken está com o projeto cinematográfico “O som do trem”, que será exibido em 28 de maio, no anfiteatro Praça CEU. É um filme sobre o mundo criado em torno da linha férrea em Sarandi.
Já Brito se envolve com “O céu entre nós”, média-metragem com sessão agendada para 30 de abril, no mesmo local. A narrativa traz uma família que perde o avô e precisa superar a fase do luto.
E Braga, com o curta-metragem “Meu mundo sem janelas”, que trata da fobia social e a vivência das pessoas afetadas por essa doença silenciosa.