Em Sarandi, cidade vizinha a Maringá, a Polícia Militar se deparou com um chamado urgente de violência doméstica no bairro Jardim Cometa, nesta segunda-feira, 3 março.
Segundo informações, a denúncia foi feita de maneira discreta por uma mulher que, temendo pela própria vida, deixou um bilhete em um mercado pedindo ajuda: “Chama a polícia que ele vai me matar”, diz o texto.
“De posse das informações, a equipe policial deslocou-se imediatamente até o endereço indicado, onde localizou a vítima, e seu agressor. No local, a mulher relatou que havia sido violentamente agredida pelo companheiro, que a empurrou contra a parede, jogou um pedaço de concreto sobre suas costas e a ameaçou de morte caso chamasse a polícia”, explica a PM.
Diante da gravidade dos fatos, o agressor recebeu voz de prisão e foi conduzido à 9ª Central de Flagrantes de Maringá.
O secretário de Estado da Segurança Pública, Hudson Teixeira, destacou a ação rápida da Polícia Militar. “A equipe policial foi rapidamente ao endereço indicado e encontrou a mulher assustada. O agressor, que já tinha passagem por violência contra mulher, foi detido e encaminhado à delegacia. O Paraná não é lugar pra ‘machão de cozinha’”, afirmou, via AEN-PR.
Patrulha Maria da Penha
Esse caso reforça a relevância do trabalho realizado pela Patrulha Maria da Penha, que atua diariamente no acompanhamento e proteção das vítimas de violência doméstica. As mulheres que sofrem agressões têm à disposição uma rede de apoio segura e eficaz, garantindo que os responsáveis sejam levados à justiça e que a integridade das vítimas seja preservada.
“A Polícia Militar reforça: você não está sozinha. Se estiver em situação de risco, denuncie! Ligue 190 ou acione a Patrulha Maria da Penha”.
Vale lembrar de que Patrulha Maria da Penha é um compromisso assumido pelo comando do 32º Batalhão de Polícia Militar, que tem tratado a proteção das mulheres vítimas de violência doméstica como uma prioridade absoluta.
“Sob essa diretriz, a unidade tem fortalecido ações preventivas e operacionais, garantindo que as vítimas tenham seus direitos garantidos”, informa o 32º BPM.
Mulher Segura
As forças de segurança do Paraná têm trabalhado para reduzir os índices de criminalidade no Estado. Prova disso são os recentes dados divulgados pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), que indicaram queda nos homicídios dolosos, furtos e roubos, além da redução no número de feminicídios nas cidades que contaram com o programa Mulher Segura, braço da Operação Vida realizada em municípios com altos índices criminais.
No caso de crimes contra a mulher, além de combate ao feminicídio e violência doméstica, o Mulher Segura promove o empoderamento feminino e palestras de conscientização sobre direitos da mulher para homens e mulheres.
Houve uma redução de 18% nos crimes de feminicídios nas 20 cidades que receberam o programa no ano passado (foram 37 casos em 2024 e 45 em 2023). De maneira geral, esse ainda é um problema a ser enfrentado pelas forças de segurança e toda a sociedade: foram 109 casos de feminicídio no último ano.
No início de fevereiro, a Sesp anunciou que a Operação Mulher Segura será ampliada para os 399 municípios em 2025. O Governo do Estado também destinará novos recursos para a realização de palestras ministradas por policiais, ampliando o alcance das ações preventivas. Desde sua implantação, já foram realizadas 421 palestras para mais de 51 mil pessoas.