O mandato do prefeito de Umuarama, Celson Pozzobom (PSC), está por um fio, pode durar apenas mais alguns minutos e ele passe à condição de ex-prefeito ainda hoje: a Câmara de Vereadores se reúne às 18 horas para votar o pedido de cassação do mandato dele e a maioria dos vereadores já se mostrou propensa a votar pela cassação. Pozzobom deve ser cassado ainda hoje.
Pozzobom, que foi afastado da função em setembro por determinação do Ministério Público, é investigado por participar de um grupo que desviou recursos da saúde pública de Umuarama, mas a votação desta sexta se refere a uma denúncia protocolada pelo ex-prefeito Jorge Vieira sobre um apartamento comprado pelo prefeito afastado com dinheiro não declarado. O dinheiro, segundo suspeitas, seria parte dos desvios dos recursos da saúde pública.
Uma Comissão Processante da Câmara realizou investigações, ouviu testemunhas, promoveu oitivas e em seu relatório, elaborado pela vereadora Ana Novais, pede a cassação de Pozzobom.
“Ante todo o exposto, esta relatora conclui o presente parecer final para afastar as questões preliminares aduzidas pela defesa, e, quanto ao mérito, julgar pela procedência da acusação ofertada pela denúncia consubstanciada nos fatos e provas apuradas, de modo a reconhecer que o prefeito-denunciado Celso Luiz Pozzobom procedeu de modo incompatível com o decoro e dignidade do cargo, incorrendo na infração político-administrativa tipificada no inciso I do artigo 4º do Decreto-Lei 201/67 cuja sanção é a cassação do mandato/afastamento definitivo da função”.