A Polícia Civil de Umuarama está investigando o vereador João Paulo Marque Maciel, o Sorrisal (PP), suspeito de invadir a casa de um ex-empregado seu e agredir o rapaz com chutes, socos e até coronhadas com arma de fogo. A Câmara Municipal informou que vai abrir um procedimento para investigar o caso e que, dependendo do resultado da apuração, Marque Maciel poderá ser denunciado por quebra do decoro.
A vítima, Edson Moreno de Oliveira, de 32 anos, disse à polícia que a agressão aconteceu na tarde desta segunda-feira, 18, na sua casa, no Jardim Itália. Sorrisal teria chegado em um carro, acompanhado de outro homem, e invadiram sua casa aos gritos, querendo que ele entregasse seu telefone celular, alegando haver gravações arquivadas no aparelho.
Edson Moreno disse que se recusou a entregar o aparelho e que teria sido agredido com socos, chutes e coronhadas pelo vereador. As agressões teriam continuado até que o aparelho foi entregue.
Faca e garrafa
Diante do fato o caso ter chegado à polícia, o vereador João Paulo Sorrisal divulgou uma nota, em que afirma que o episódio foi motivado por questão de atividade empresarial. Ele também registrou queixa na polícia contra o agredido. Segundo a queixa, seu funcionário seria o responsável por um desvio de cerca de R$ 11 mil e que teria se armado de uma faca e uma garrafa para agredi-lo quando foi à casa dele.
Quanto ao celular, o vereador alega que o aparelho caiu dentro seu carro enquanto tentava levar o ex-funcionário, mas assim que percebido, o aparelho foi devolvido.
Veja a nota da Câmara na íntegra:
“A Câmara Municipal de Umuarama esclarece que, diante do incidente envolvendo o Vereador João Paulo Rodrigues de Oliveira e um ex-funcionário de sua empresa, e ainda que ambos tenham sido conduzidos à delegacia, a Casa Legislativa aguardará as conclusões das investigações para obter esclarecimentos adicionais sobre o ocorrido, considerando que, a princípio, os fatos estão relacionados à sua vida privada. Comprometida com a integridade e transparência, a Câmara reitera seu respeito aos princípios constitucionais, mantendo vigilância sobre os desdobramentos do caso.”