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Reunião dará 60 dias de prazo para retirada de animais de fundos de vale

     A Secretaria de Meio Ambiente (Sema) vai realizar no próximo dia 5, uma reunião com o objetivo de definir um plano de ação contra a criação ilegal de animais na área urbana de Maringá, principalmente nos fundos de vale. De acordo com o secretário do Meio Ambiente, Umberto Crispim de Araújo, apesar das proibições são muitos os casos de criações de animais nessas áreas protegidas.
     Donos de animais estão rompendo alambrados e causando prejuízos materiais também com a depredação de mudas de árvores plantadas. Essa deterioração prejudica flora e fauna ribeirinhas e também os moradores vizinhos. Rompido o cercamento, muitos depositam lixo que se transforma em criatório de insetos nocivos, ratos e até cobras, além de atrair viciados em drogas e servir de esconderijo para marginais.
     As decisões serão tomadas em conjunto com outras secretarias municipais e órgãos ligados à segurança em reunião do Grupo de Gestão Integrada (GGI ) – que agrega inclusive o Ministério Público e polícias.

Doenças
Os equídeos e bovinos são vetores, hospedeiro, reservatório, portador e amplificador de várias zoonoses – transmissíveis dos animais para o homem – como leptospirose, raiva, leishmaniose, clostridioses (tétano, carbúnculo e botulismo), brucelose, tuberculose e anaplasmose (transmitida pelo carrapato).

Fundo de Vale
São 28 os cursos de água que cortam a área urbana de Maringá, além de mais de uma centena de nascentes que precisam ser protegidos da depredação e poluição, já que correm para o Rio Pirapó – que fornece a água potável para os maringaenses – ou para o Rio Ivaí, que futuramente fornecerá a água para vários municípios da região, inclusive Maringá.
Levantamento preliminar indica que a prefeitura tem 263 lotes em fundos de vale na área urbana, com 83 deles registrando ocupações irregulares com bois, cavalos e burros.

Cercamento
O cercamento para proteção dos fundos de vale já implantou 14.999,66 metros lineares de alambrados. Atualmente, já licitados e em fase de obra, 6.670,17 metros lineares de alambrado, 16.675,34 metros quadrados de calçadas e 9.672,18 metros quadrados de grama. Serão licitados para completar o alambrado protetor e calçadas ecológicas – um pouco mais largas para possibilitar o tráfego de bicicletas: 13.91772 metros lineares de alambrado, 34.770,14 metros quadrados de calçadas e 21.751,67 metros quadrados de grama.