5,4 mil litros de insumos devem chegar no Brasil até o dia 3 de fevereiro, comunicou o Instituto Butantan. Os produtos são destinados para a produção da vacina CoronaVac. A informação foi concedida em entrevista coletiva nesta terça-feira (26), depois que o governo paulista se reuniu virtualmente com o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming.
De acordo com Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, esses 5,4 mil litros serão o bastante para produzir em média 8,6 milhões de doses do imunizante. Ele disse que mais 5,6 mil litros deverão chegar ao país em breve, o suficiente para fabricar mais 8,6 milhões de doses. Após chegarem ao país, essas vacinas serão produzidas e envasadas, além de passar por um procedimento de qualidade que deve permanecer por volta de 20 dias. Só após isso que elas são liberadas para a vacinação.
“Uma dose de vacina tem 0,62 ml”, ressaltou Dimas Covas. “Na verdade, uma dose da vacina aplicada corresponde a 0,50 ml. Mas, pela regulamentação internacional, temos que colocar 0,62 ml no frasco. Então, um frasco que tenha 10 doses, se houver precisão na hora de retirada de 0,50 ml, um frasco pode render não só dez, mas 12 doses. Se houver grande observação de quem aplica a vacina, não houver desperdício, teremos a possibilidade de, com um frasco de dez doses imunizar 12 pessoas.”
Pelo acordo feito entre o Instituto Butantan e a Sinovac, o Brasil irá receber, até abril, 46 milhões de doses da vacina, quantidade que pode ampliar para até outras 54 milhões de doses, caso exista interesse do Brasil. Até este instante, o Instituto Butantan já obteve 10,8 milhões de doses, sendo que mais de 6 milhões delas já estão sendo utilizadas na imunização no país.
“Vacinas são uma arma para conter a pandemia e garantir a saúde do povo e não instrumento político.” “A situação da pandemia é incerta. Haverá demanda urgente e de longo prazo pelas vacinas”, afirma o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas.