Aproximadamente 63 mil pessoas com mais de 60 anos foram salvas no Brasil devido a imunização em combate ao coronavírus, segundo um estudo da Universidade Estadual de Pelotas (UFPel) divulgado ontem no Fantástico, da TV Globo.
Uma projeção anterior realizada pelos mesmos pesquisadores determinou que a vacinação salvou cerca de 40 mil vidas entre as pessoas com 70 anos ou mais. Há pouco, a pesquisa foi atualizada para englobar também a faixa etária de 60 a 69 anos, que alcançou 62.955.
“É um dado muito robusto, muito forte. À medida que aumenta a cobertura [vacina] em uma faixa etária, cai a mortalidade em seguida”, disse o epidemiologista da UFPel Cesar Victora em entrevista concedida ao Fantástico.
Os pesquisadores indicaram ainda que o número de óbitos por covid-19 depois das duas doses de imunizantes é de somente 0,002%. De acordo com eles, isso não significa um erro de vacina.
Cesar Victora na entrevista ainda declarou a respeito das novas variantes. Conforme o epidemiologista, quando apenas uma porcentagem pequena da população geral está imunizada, as variantes que conseguem vencer as vacinas acabam circulando mais. “As novas variantes têm uma transmissão mais alta. Não adianta vacinar duas de cada três, nós temos que vacinar quatro de cada cinco pessoas. Nós teremos que ter 80% da nossa população vacinada.”