A importância da autoestima no pós-pandemia

O Maringá

Nesse momento difícil que estamos vivendo de pós-pandemia, dias e dias trancados em casa com nossas rotinas interrompidas, substituída por outra imposta à força, sujeitos ao noticiário negativo, proibidos de nos relacionarmos com quem amamos e outras imposições mais, nós entristecemos. A vida que conhecíamos deixou de existir. O ano de 2020 trouxe a covid-19, perdas reais e simbólicas começaram a acontecer e as incertezas assumiram o comando.

Precisamos urgente alimentar bons pensamentos, hábitos e costumes. Criar uma rotina saudável e se possível que contribua para o aumento da nossa autoestima.

Quando pensamos em autoestima acreditamos ser ela é resultado de nosso sucesso. O que não é correto, pois o sucesso é um julgamento pessoal expresso nas atitudes que temos a nosso respeito, que não deve estar ligado a fatores externos, é o nosso julgamento a respeito de algo.  Quanto mais escolhas fazemos, quanto mais decisões conscientes tomamos, mais urgente será nossa necessidade de acertar, ser aprovado, ser aceito, pertencer e ser merecedor de algo, mais aumenta a nossa autoestima.

Ela tem origem na junção assertiva de vários fatores. Na medida que temos segurança na eficácia do nosso raciocínio, na nossa mente, passamos a ter maior capacidade de enfrentarmos situações e assim aumentam as chances de sucesso.

Autoestima é a disposição da pessoa vivenciar com alguém competente para enfrentar desafios que a vida muitas vezes lhe impõe e acreditar ser merecedor da felicidade.

Precisamos ter autoestima?

Precisamos ter equilíbrio para sobreviver, e termos um julgamento consciente para vivermos de maneira satisfatória. A autoestima influencia a nossa capacidade de pensar e no bem estar. Uma pessoa com autoestima é uma pessoa que tem prazer de estar viva, que fala de seus sucessos e fracassos abertamente, reconhece seus erros, e está aberta para coisas novas.

Pessoas com autoestima tem harmonia entre o que diz e o que faz, ri de si mesma, tem flexibilidade e um comportamento seguro. É capaz de preservar a harmonia e a dignidade mesmo em condições de estresse. Enquanto que no plano físico apresentam vivacidade, descontração, calma, serenidade, postura ereta e equilibrada, voz e pronuncia clara.

Homens inseguros costumam se sentir ainda mais desconfortáveis na presença de mulheres seguras e autoconfiantes, apresentando irritabilidade na presença de pessoas entusiásticas em relação à vida.

Modo automático

Não controlamos as atividades de nossos órgãos como coração, rins e pulmão. Eles fazem parte de um sistema de auto-regulação do corpo. A natureza projetou os órgãos e sistemas de maneira que se autorregulem à serviço da vida, sem a intervenção da nossa vontade.

Já a nossa mente funciona de outra maneira. A auto estima não acontece por meio de aplausos ou da aprovação dos outros, mas sim como resultado de nossas escolhas certas.

Ter autoestima ao longo do tempo é uma conquista. Quando o indivíduo não a tem verdadeiramente, não consegue sobreviver um dia apenas sem alguma droga.

É completamente errado buscarmos nos outros a autoestima ou o prazer e a felicidade. Porque se algo não der certo corremos o risco de viciarmos em aprovação.

Muitos indivíduos se sentem infelizes e preocupados com a opinião dos outros, quando o meio mais eficaz para se libertar dessa situação é aumentar o nível de consciência que cada um extrai de suas experiências: quanto mais captar com clareza os sinais internos, mais os externos tendem a recuar para uma posição de equilíbrio adequado. Isto quer dizer: ouça o seu corpo, suas emoções e aprenda a pensar em si mesmo, sem necessitar da opinião de outra pessoa.

A autoestima é manifestada por meio dos nossos desejos. Pessoas com autoestima alta tem compromissos com pessoas, coisas, situações e principalmente com a vida. A tendência é de procurarem se relacionar com pessoas assim como ela. É uma atitude de auto-aceitação, é ter apreço por mim mesmo e não consiste apenas em reconhecer minhas qualidades é também uma atitude de auto valorização.

Julgar-se e reprovar-se produz dor e sofrimento. Para encobrir a auto-estima, surgem barreiras defensivas de culpa, nojo de mim, perfeccionismo, onipotência, desculpas, dependência do álcool e das drogas.

Os extremos também podem levar a neuroses profundas

 

Então o que vem a ser auto-estima?

 

É a soma de confiança, respeito e amor que devo ter por mim mesmo.

Preciso reconhecer meu próprio valor e responder por mim mesmo.

Preciso atuar responsavelmente frente aos demais.

A maneira como me sinto, afeta em todos os aspectos a minha vida: no amor, no trabalho, no sexo e no modo de me relacionar com as pessoas.

Para obter a auto-estima é preciso optar por ações positivas: fazer, atuar, pertencer e se considerar merecedor.

Se o sentimento de mérito não estiver presente acabo por criar em mim um sentimento de autopiedade julgando-me negativamente e lamentando com quem por ventura estiver ao meu redor.

Desenvolver a auto-estima é acreditar que posso, que consigo, que chego lá. É valorizar-se, aprender, desfrutar e despertar confiança.

Para facilitar esse processo é preciso participar, não ter atitude de espera diante da vida e dos demais, mas sim aproximar-se e dar o que for possível para fortalecer a auto-estima.

 

 

 

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