Desde que a vida passou a ser mais urbana do que rural, o homem foi se afastando de sua essência e perdeu o vínculo com a natureza. Longe do sol, do cheiro do mato, do contato com a terra e com outros elementos naturais, essenciais para a saúde, a doença física e mental foi se instalando. É muito mais fácil convencer alguém a tomar vitamina D comprado na farmácia, a tomar banho de sol, de graça e infinitamente mais apropriado que qualquer suplementação. Não estou tecendo críticas aos suplementos. Pelo contrário, eles têm desempenhado um papel importante diante da vida prática que se adotou nas últimas décadas.
Nossos avós conheciam cada folha verde que havia no entorno da casa. Aquele era o remédio. E a comida era colhida por ali mesmo, no quintal ou próximo dele. Alimentos simples, mas nutritivos e livres de pesticidas. Hoje em dia grande parte das frutas, legumes, verduras e outros alimentos viajam centenas de quilômetros até chegar ao consumidor final. Colhidas verdes, as frutas maduram no caminho, perdendo a doçura e o cheiro característicos.
O arroz, o feijão, o trigo, o milho e os grãos em geral também sofreram mutação e nosso sistema digestivo foi obrigado a se adaptar e digerir agentes desconhecidos e prejudiciais ao organismo. O trigo, por exemplo, foi geneticamente mudado e a enorme quantidade de glúten não é digerida por muitas pessoas. Para tentar oferecer a elas opção de consumo, a indústria desenvolveu pães, biscoitos e macarrão livres de glúten a um preço inacreditável. Enquanto um pacote de macarrão comum custa R$ 5,00, o ‘especial’ chega a custar R$ 18,00. É mesmo assim tão saudável quanto inacessível para o bolso?
A solução mais adequada, nesse caso, é substituir o pão por cará, batata-doce, mandioca e seus derivados e outras raízes ricas em carboidratos. Quanto mais próximo da natureza se vive, e isso inclui a alimentação mais natural possível, mais saúde se tem. Me refiro ao bem-estar físico, mental, emocional e espiritual. A nossa comida, a nossa bebida, nossos pensamentos e o ambiente em que vivemos influenciam diretamente nesse equilíbrio.
Somos seres únicos em meio a 7,4 bilhões de pessoas no planeta. Cada um de nós constrói a própria história. Aprender a cuidar da saúde e fazer disso um exercício diário. Não é uma tarefa simples e fácil. Vai exigir autoconhecimento, fazer renúncias em nome das boas escolhas. Um excelente começo é se livrar dos vermes e parasitas. Um clínico geral poderá indicar o tratamento. Os vermes podem causar desde um desânimo a algo mais grave, quando se instalam na tireoide, no fígado, nos rins ou em outros órgãos.
Entre os sintomas que podem indicar a presença de vermes estão a dor abdominal, diarreia frequente, náuseas e vômitos, coceira no ânus, sensação de barriga inchada, cansaço excessivo, perda de peso sem razão aparente, presença de pontos brancos nas fezes, alterações do apetite, bruxismo e gases.
Antigamente, combater os vermes fazia parte da rotina de toda família, por orientação médica. Ao longo do tempo, a medicina convencional deixou de dar atenção necessária a esse assunto, embora os vermes e parasitas sejam causadores de muitas doenças. Manter uma boa higiene é a melhor forma de prevenção. O consumo de sementes de abóbora, de mamão (triturados) e coco fresco são vermífugos naturais e seu efeito é potencializado quando ingeridos em jejum. Ainda assim, o ideal é tratar a cada seis meses, com prescrição médica.