A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) comunicou nesta sexta-feira (23) que ainda não existem indícios apropriados para uma sugestão do uso de terceira dose como reforço às duas doses já tomadas em combate ao coronavírus na maioria das vacinas, exceto das de dose única, como o da Janssen.
O debate e as pesquisas a respeito da terceira dose iniciaram quando surgiu o tráfego de variantes da covid-19. No aviso, a Anvisa relata que não sabe por quanto tempo a proteção dada pelas duas doses, ou dose única permanecerá e se haverá necessidade de doses de reforço com pausas.
A Anvisa relembrou que existe uma discussão dentro da comunidade internacional de autoridades de saúde que considera o fato de pensar em uma terceira dose quando a maioria do mundo está longe de vacinar o total da população com mais de 18 anos.
“Especialistas e instituições como a Organização Mundial da Saúde dizem que os formuladores de políticas públicas de saúde precisam olhar para o cenário mais amplo quando estão considerando a possibilidade de oferecer doses de reforço, incluindo o fato de que muitas pessoas vulneráveis e profissionais de saúde podem não ter recebido sequer a primeira dose de uma vacina contra a covid-19”, diz a agência.
O órgão esclareceu que vai avaliar se uma terceira dose será fundamental. A agência complementou que acompanha os estudos sobre o surgimento de novas variantes e efeitos nos imunizantes.
“Até o momento, todas as vacinas autorizadas no país mantêm proteção contra doença grave e morte, conforme os dados publicados. Ainda não há dados ou estudos conclusivos que indiquem a necessidade de uma dose de reforço das vacinas autorizadas”, garante a nota da autoridade sanitária.
Até agora já foram aprovadas três pesquisas clínicas acerca da necessidade e conveniência da terceira dose, um da Pfizer/BioNTech e duas da AstraZeneca.