Exames de dengue estão em falta em Maringá. A cidade se encontra entre as que estão com o maior número de casos de dengue. Na cidade já foram constatados 17.971 casos de dengue até o momento desde julho do ano passado. Os dados foram divulgados na última terça-feira, 14 no Boletim semanal publicado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).
Esses dados revelados pela Sesa são obtidos via informações provenientes da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde. É o que explica a secretária de Saúde de Maringá, Karina Rissardo. “Os casos de dengue são notificados com base nas características clínicas e epidemiológicas dos pacientes. De acordo com o Ministério da Saúde, os municípios que estão em epidemia de dengue devem fechar os casos com base em critérios clínico-epidemiológicos”.
Falta de exames
Devido ao alto número de casos de dengue em todo o Brasil, houve a recomendação do Ministério da Saúde para que fossem solicitados exames específicos de dengue apenas para gestantes e para pacientes internados. “É importante destacar que o manejo clínico da dengue não depende do resultado desses exames. O resultado dos exames de dengue demoram entre duas a três semanas para ficarem prontos, então o manejo deve ser feito apenas com base nos sinais e sintomas clínicos”, explica a secretária.
Principais medidas na Cidade Canção
Os agentes de combate às endemias realizam diariamente vistorias em residências para eliminação de focos do mosquito e orientação da comunidade sobre as medidas de prevenção. Além disso, o município tem realizado ações extras aos sábados com mutirões em áreas com maior incidência de casos. O objetivo das ações extras é vistoriar residências que ficam fechadas durante a semana.
Orientações para a população
A melhor forma de prevenir a dengue, chikungunya e zika vírus é evitar o acúmulo de água parada, onde o mosquito transmissor se prolifera. Entre as medidas que devem ser adotadas estão: fazer a limpeza do quintal e o descarte correto de materiais; fechar o saco plástico de lixo e manter a lixeira fechada; lavar a vasilha de água de animais domésticos; retirar a água acumulada de plantas; manter a água das piscinas em condições de uso, entre outras ações.
Monitoramento e capacitação
Karina destaca que a secretaria está atenta aos casos para que diminua ainda mais os índices em Maringá. “Em relação ao atendimento de pacientes com dengue, a Secretaria de Saúde continua monitorando os casos e reforçou a capacitação dos profissionais. O município reforça que, enquanto a letalidade por dengue em casos graves no Paraná é de 4,16, Maringá tem índice de 0,66”.
Dados no Paraná
São 27.627 novos casos da doença e 38 mortes no Paraná confirmados. De acordo com o documento, o atual período epidemiológico, que teve início em julho de 2023, soma agora 277 óbitos, 359.431 casos confirmados e 669.301 notificações.
A Regional com mais casos confirmados até o momento é a 8ª RS de Francisco Beltrão, com 48.793 diagnósticos. Na sequência estão a 10ª RS de Cascavel (46.819), 17ª RS de Londrina (36.044), 16ª RS de Apucarana (33.897), 15ª RS de Maringá (29.942) e 11ª RS de Campo Mourão (26.598).
A cidade com mais casos é Londrina com 24.631 e Cascavel computando 23.328, seguida por Maringá. Já os municípios que registram maior número de óbitos são Londrina (29), Cascavel (29), Toledo (20), Apucarana (16), Cornélio Procópio (11) e Rolândia (11).
No Brasil
24 estados e o Distrito Federal registram queda na incidência da doença e apenas dois seguem em cenário de estabilidade (Maranhão e Mato Grosso). Até o momento, o País possui 4,7 milhões de casos prováveis da doença e os óbitos totalizam 2,5 mil. Os dados são referentes à Semana Epidemiológica 19.