Comitê de Inclusão do Codem elabora sugestões para atendimento a crianças com neurodivergências

crianças com neurodivergências são assunto de documento que Codem elabora para a prefeitura

A inclusão escolar em é um dos pilares de uma educação verdadeiramente transformadora. Foto: Internet

Cerca de 40 profissionais ligados à saúde, educação e à rede de apoio em Maringá têm se reunido a cada semana para debater a inclusão e o atendimento de crianças com neurodivergências no município. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE 2022), Maringá tem aproximadamente 5 mil pessoas com diagnóstico de autismo, TDAH e outras neurodivergências.

O trabalho vem sendo coordenado pela equipe técnica do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Maringá (Codem), juntamente com profissionais especializados que integram as suas Câmaras Técnicas de Educação e Saúde.

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As equipes de trabalho formadas para integrar o Comitê de Inclusão já realizaram três encontros para o levantamento de pontos positivos e negativos na cidade e apontamento de propostas que devem ser apresentadas ao município. O último encontro aconteceu nesta sexta-feira, no auditório do Sebrae, em Maringá.

A cada encontro, as equipes trabalharam reflexões principalmente em torno da criação de políticas públicas para a inclusão e atendimento a famílias e crianças com diagnóstico de neuro divergências e necessidades especiais.  Durante as dinâmicas, as equipes levantaram aspectos positivos e negativos nas áreas da saúde, educação e na dinâmica das famílias que anseiam por um atendimento mais qualificado.

Entre os pontos positivos identificados, se destacam a quantidade de profissionais especializados em Maringá e a atuação das instituições de ensino superior voltadas ao estudo, à pesquisa e ao atendimento à comunidade e as instituições credenciadas para o atendimento necessário. Já os pontos negativos se referem principalmente à falta de recursos financeiros e a capacidade de atendimento do município.

O grupo que tem se dedicado a olhar para as necessidades das crianças e das famílias entende que a inclusão é algo que precisa ser pensada de forma cuidadosa, não apenas inserindo a criança num ambiente, mas sobretudo preparando o ambiente para essa inserção. “É unindo a sociedade, a família e desenvolvendo políticas públicas na educação e na saúde que teremos uma boa inclusão”, destaca Juliana Franco, diretora do Codem, que atua na coordenação dos trabalhos.

A professora Beatriz Meneguetti, que representa o Sindicato das Escolas Particulares da Região (Sinepe), acredita que “este trabalho multidisciplinar pode mostrar caminhos para a melhora do atendimento aos pacientes, família e sociedade, fazendo com que nossa cidade siga como uma referência”.

O trabalho que vem sendo feito pelo Codem foi uma solicitação do prefeito Silvio Barros, com o intuito de contribuir com a mediação desse debate tão urgente na atualidade. O presidente da Câmara Técnica de Educação do Codem, professor Guaracy Silva, afirma que o trabalho não é simples, “é um processo, longo e complexo, que depende de vários olhares que ajudem a propor soluções técnicas aplicáveis, considerando sempre o orçamento público e as necessidades da população que são crescentes”.  O resultado de toda a movimentação dessa equipe será a elaboração de um documento que vai oferecer ao município subsídios para a elaboração de um conjunto de políticas públicas voltadas ao atendimento especializado na Educação e na Saúde em Maringá.

Pais e mães de autistas também estão participando das discussões e contribuindo com a experiência do dia a dia. “Eu estou há onze anos buscando ações que contemplem todos os autistas, inclusive os adultos”, afirma Lilian Ferreira, mãe do autista.

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