Conheça sobre a logística reversa de medicamentos

Com o objetivo de recomendar modos sustentáveis para o descarte apropriado, é uma solução que reduz as consequências ambientais

Conheça sobre a logística reversa de medicamentos

Foto: Geraldo Bubniak/AEN

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A logística reversa de medicamentos é um setor que analisa o retorno de materiais já usados para os lugares de origem. Dessa maneira, o tráfego é realizado de forma contrária ao da cadeia de produção, com o objetivo de recomendar modos sustentáveis para o descarte apropriado. Com isso, é uma solução praticável que define o adequado destino dos produtos, que reduzem as consequências ambientais causadas pelo descarte impróprio.

De acordo com a farmacêutica Vanessa Colombo, um dos fatores que favorecem a geração de resíduos farmacêuticos é o uso irracional de medicamentos, sendo mais influentes o uso excessivo de fármacos e a automedicação. “O descarte muitas vezes é realizado antes mesmo que o prazo de validade esteja expirado. O acúmulo de medicamentos gera o risco de abuso e intoxicação medicamentosa”, diz. Ainda segundo ela, a maioria dos usuários, independentemente do grau de instrução, descarta medicamentos diretamente no lixo comum ou na rede de esgoto, um dos motivos pode ser a falta de orientação.”

Por isso, profissionais de diversas áreas do conhecimento, como ecólogos, biólogos, geógrafos, ambientalistas e profissionais da saúde têm se preocupado com as consequências dos resíduos sólidos em relação aos desequilíbrios ambientais e os riscos para a saúde humana, como o caso do estudante de geografia da Universidade Estadual de Maringá (UEM), João Pedro Zambon. Ele revela que os medicamentos vencidos e descartados também são considerados resíduos sólidos, pois são perigosos para os humanos, sem contar que é uma ameaça ao meio ambiente, principalmente para a água e o solo.

Para Zambon, um dos grandes desafios da atualidade é a geração e disposição final desses resíduos na superfície do planeta. “Gerados pelas atividades humanas domésticas, comerciais, rurais, industriais e médico-hospitalares, esses rejeitos, quando descartados inadequadamente, causam impactos negativos nas características físicas, químicas e biológicas do nosso meio natural.” Desse modo, um dos caminhos para evitar o descarte de medicamentos no lixo comum e na rede de esgoto são os pontos de coleta de medicamentos vencidos.

Segundo a farmacêutica Vanessa Colombo, se as pessoas levarem os medicamentos tanto vencidos como os que não vão usar mais nas farmácias, é feito um relatório e os medicamentos são guardados em uma caixa.

Na Unidade Básica de Saúde (UBS) Odila Colombo de Santa Fé, a farmacêutica responsável Melissa Calliari Campos Santos ressalta como é o fluxo das medicações. “Geralmente são pacientes concentrados em determinados bairros pertencentes nas UBSs. Então, as medicações que são provenientes daqui são de pressão alta, controle de diabetes, cardiopatias, enfim, medicações de uso contínuo. Como são medicações que fazem parte do cotidiano, não são medicações de descarte”, diz.

O êxito da logística reversa ou de qualquer programa de descarte de medicamentos no Brasil depende de fatores políticos, socioculturais, disposição dos envolvidos na cadeira produtiva e educação ambiental em que o farmacêutico exerce papel essencial em termos de orientação ao usuário. São atos que unem todos esses motivos que devem ser constituídos, de maneira a garantir que o solo, água e, consequentemente, todos os seres vivos não sofram com a contaminação química vinda do descarte ambientalmente inapropriado de medicamentos.

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