A empresa sueca DSruptive Subdermals criou um chip implantável sob a pele de seres humanos que pode armazenar dados pessoais e informações utilizadas frequentemente na rotina, como os passaportes vacinais em combate ao coronavírus.
O chip não tem ligação com nenhum tipo de imunizante usado contra a doença e atua como uma espécie de pen drive, isto é, armazena arquivos digitais segundo a necessidade do usuário. Além de guardar o comprovante de vacinação, é possível usar o chip para realizar pagamentos no crédito ou no débito, da mesma maneira como os cartões que trabalham por aproximação.
A ferramenta tem capacidade de guardar somente 2 KB de informação, porém, possui durabilidade que pode chegar até 40 anos. Envolto em um material nomeado de bioglass, o chip, de 2 mm por 14 mm, carrega uma antena NFC, uma tecnologia de aproximação existente em grande parte dos celulares de última geração.
Em entrevista à AFP, um dos diretores da DSruptive Subdermals alegou o uso desse tipo de tecnologia e ressaltou o custo-benefício do dispositivo em comparação com outros gadgets, como pulseiras inteligentes.
“Um microchip implantado custa cerca de 100 euros (R$ 637) no caso das versões mais avançadas, ao passo que as pulseiras inteligentes custam geralmente o dobro; um implante pode durar 30 ou 40 anos, enquanto uma pulseira dura três ou quatro anos”, disse Hannes Sjoblad.
Segundo ele, o chip não tem bateria e não pode transmitir nenhum tipo de informação de modo independente. O dispositivo só é ativado para a transferência de arquivo quando em contato com um celular com tecnologia NFC.
Mesmo com o pequeno espaço de armazenamento, o chip pode carregar informações bancárias para transações financeiras, documentos pessoais ou qualquer ferramenta que seja compatível com a tecnologia NFC em celulares.
No Brasil, as máquinas de pagamento dos ônibus urbanos de São Paulo apresentam a tecnologia NFC, bem como as máquinas de cartão de crédito com aproximação.
“Acredito que faz parte da minha integridade usar um chip e guardar minhas informações pessoais para mim. Sinto que tenho um controle maior por estar na minha mão”, afirmou uma cidadã sueca usuária do dispositivo.