O predomínio de sinais valida que o vírus que provocou a pandemia de coronavírus vazou de um centro de pesquisa chinês, segundo um parecer do Partido Republicano dos Estados Unidos publicado ontem, uma conclusão que as agências de inteligência do país não chegaram.
O relatório também mencionou a “ampla evidência” de que os cientistas do Instituto de Virologia de Wuhan, na China, amparados por especialistas americanos e fundos do governo chinês e americano estavam atuando para alterar a covid-19 para infectar humanos, e que tal manipulação poderia ser acobertada.
O deputado Mike McCaul, o principal republicano no Comitê de Relações Exteriores da Câmara, espalhou o relatório da equipe republicana do painel. Ele solicitou uma busca bipartidária acerca das origens da pandemia de coronavírus que matou 4,4 milhões de pessoas em todo o mundo.
A China nega que a covid-19 geneticamente transformada vazou da instalação em Wuhan, onde os primeiros casos de coronavírus foram detectados em 2019, visto que é considerada uma teoria relevante, porém, não comprovada entre alguns especialistas. Pequim também contesta as denúncias de encobrimento.
Outros especialistas acreditam que a pandemia foi causada devido a um vírus animal certamente transmitido a humanos em um mercado de frutos do mar perto do Instituto de Virologia de Wuhan.
“Agora acreditamos que é hora de descartar completamente o mercado úmido como a fonte. “Também acreditamos que a preponderância das evidências prova que o vírus vazou da IVW [Instituto de Virologia de Wuhan] e que o fez em algum momento antes de 12 de setembro de 2019”, afirmou o relatório.
O relatório ressaltou o que denominou de informações novas e pouco relatadas a respeito das normas de segurança no laboratório que vão desde um pedido de julho de 2019 para uma revisão de US$ 1,5 milhão de um sistema de tratamento de resíduos perigosos para a instalação que tinha menos de dois anos.
Em abril, a principal agência de inteligência dos EUA concordou com o ajuste científico de que o vírus não era produzido pelo homem ou geneticamente substituído.
O presidente dos EUA, Joe Biden, estabeleceu em maio que as agências de inteligência dos EUA agilizassem a procura pelas origens do vírus e apresentassem um relatório em 90 dias.
Uma fonte familiarizada com as verificações de inteligência atuais confirmou que a comunidade de inteligência dos EUA não chegou a nenhuma conclusão se o vírus veio de animais ou do instituto.