Desidratação entre idosos é um dos grandes riscos à saúde no verão

O Maringá

A falta de água no organismo pode ocasionar sintomas como dores de cabeça, tontura, fadiga, fraqueza e batimentos cardíacos acelerados, podendo provocar problemas graves - Foto: Valdelino Pontes/SECID-PR/AEN

Os idosos requerem maior atenção, principalmente em épocas mais quentes, como a que estamos passando. A desidratação e a hipertermia são grandes riscos, devido ao clima abafado e as temperaturas mais elevadas. Por isso a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) reforça a importância de se ter cuidados especiais com essa faixa etária.

A Sesa explica que os mecanismos que regulam a temperatura corporal, a pressão arterial e a sede podem perder eficiência com o envelhecimento. Além disso, é frequente que tenham doenças crônicas e usem medicamentos – motivos que podem agravar o quadro clínico.

“A falta de água no organismo pode ocasionar sintomas como dores de cabeça, tontura, fadiga, fraqueza e batimentos cardíacos acelerados, podendo provocar problemas graves”, ressalta a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Rede de Atenção à Saúde da Pessoa Idosa da Sesa, Maria Goretti David Lopes.

A equipe da Divisão de Atenção à Saúde da Pessoa Idosa recomenda algumas medidas que podem prevenir essas complicações:

– Beber muitos líquidos como água, água de coco, sucos de frutas ou vegetais, chás leves, bebidas isotônicas, evitar álcool e bebidas com cafeína. Não espere ter sede. Não é raro que pessoas idosas sintam menos sede que as mais jovens. Beba líquidos regularmente durante todo o dia. Se tem orientação para limitar a ingestão de líquidos, é necessário conversar com sua equipe de saúde para saber como proceder nos dias mais quentes.

– Consumir alimentos leves como frutas, verduras, carnes magras. Ao cozinhar em dias muito quentes, evitar usar o forno, que aumenta ainda mais a temperatura do ambiente.

– Usar roupas leves, largas, de cores claras e tecido natural. Calçados leves ou sandálias bem presas aos pés. Evitar chinelos, que facilitam a ocorrência de quedas. Usar bonés, chapéus e óculos para proteger a cabeça e os olhos da radiação solar.

– Manter os ambientes bem ventilados, usando ventiladores e climatizadores ou condicionadores de ar, se possível. Deixar as janelas protegidas por cortina nos períodos de sol.

– Fazer exercícios leves no início da manhã ou final da tarde, quando a temperatura costuma ser mais amena.

– Evitar exposição ao sol nos períodos mais quentes e usar sempre filtro solar.

– O calor traz também risco aumentado de intoxicações alimentares. Manter os alimentos refrigerados e ficar atento aos cuidados de higiene na sua manipulação. Lavar sempre as mãos e evitar consumir alimentos e bebidas de origem duvidosa.

– No verão os casos de dengue aumentam. Usar repelentes, cuidar com a entrada dos mosquitos no ambiente e evitar o acúmulo de água e formação de criadouros.

Sinais de alerta para comprometimento da saúde com calor:

– Boca, língua e lábios secos

– Diminuição do volume urinário

– Temperatura corporal elevada

– Pulso rápido

– Dor de cabeça

– Tontura

– Náuseas

– Letargia

– Confusão mental

Em caso de emergências, procure a unidade de saúde mais próxima ou ligue para o SAMU (192).

Sair da versão mobile