Escola Novo Amanhecer (Apae) de Santa Fé retoma sessões de equoterapia após um ano sem atendimentos

Com nova estrutura, a pista recebeu uma cobertura realizada recentemente

Escola Novo Amanhecer (Apae) de Santa Fé retoma aulas de equoterapia após um ano sem atendimentos

Equipe da sessão de equoterapia- Foto: Maynara Guapo

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A equoterapia é um método terapêutico e educacional que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar nos âmbitos de saúde, educação e equitação, com o objetivo de incentivar a evolução da mente e do corpo. Com isso, ela é capaz de auxiliar no tratamento de pessoas com deficiências ou necessidades especiais, como por exemplo, a síndrome de down, paralisia cerebral, esclerose múltipla, hiperatividade, autismo, ou dificuldades de concentração, doenças mentais, distúrbios psicológicos e comportamentais, distúrbios de aprendizado e linguagem.

Em Santa Fé, aproximadamente 50 km de Maringá, a Escola Novo Amanhecer (Apae) oferece sessões de equoterapia desde a década de 90, criada por meio do setor de fisioterapia. De acordo com a diretora Maria Izabel Collar, é um projeto antigo. “Faz o profissional estar mais próximo às alternativas de instrumentalizar o desenvolvimento do aluno na fisioterapia, na parte motora, cognitiva, emocional e comportamental”, diz.

Após um ano sem as sessões devido a pandemia do novo coronavírus, o programa de equoterapia da escola retornou gradativamente os atendimentos. Com nova estrutura, a pista recebeu uma cobertura, que foi realizada recentemente. Para o presidente da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) Sérgio Biato, ainda existem outras mudanças a serem feitas. “Nós temos um projeto pronto para fechar esse ambiente e melhorar ainda mais, fazendo baias para abrigar os animais, um local para que utilizem para montar a cavalo, assim, conseguiremos dar as melhores condições para que os profissionais possam executar seu trabalho de equoterapia.”

Funcionamento das sessões

Antes de iniciar as sessões de equoterapia é obrigatório ter um diagnóstico médico de um especialista em neurologia ou ortopedia, além do parecer fisioterapêutico e psicológico. Quando preciso, é solicitado também um fonoaudiólogo, ou seja, é feita uma avaliação interdisciplinar. ”Juntamos as avaliações e vemos o que precisa ser tratado com o aluno”, ressalta a fisioterapeuta Camila Mary Nakayama.

As sessões duram aproximadamente 30 minutos, uma ou duas vezes na semana, dependendo da necessidade de cada aluno. Além disso, é aconselhável utilizar roupas leves, como por exemplo, calças de ginástica, uso de sapato fechado e capacete. Para realizar as sessões, é preciso do animal e do mediador, isto é, quem vai conduzir a aula e um auxiliar lateral para cuidar caso haja desequilíbrio. O auxiliar guia é quem puxa o cavalo. Na Apae de Santa Fé existem dois cavalos para serem revezados.

Sessão de equoterapia sendo realizada na Apae- Foto: Maynara Guapo

Conforme o professor de educação física da Apae, Luiz Venâncio Gregório, com os estímulos que o cavalo proporciona na vida do indivíduo praticante, de forma indireta, com o término de uma sessão de equoterapia é possível adquirir 21.600 ajustes tônicos. “É um ganho significante na vida do aluno”, afirma.

Glória Reis é zeladora e mãe de Eduardo Reis da Silva, 23, que faz as sessões de equoterapia há dois anos. Segundo a zeladora, com as sessões o filho melhorou a fala e a coordenação motora. “Tem sido muito bom para ele. Eu sempre o acompanho.”

Camila Nakayama é a fisioterapeuta que conduz as sessões de Eduardo. De acordo com ela, no caso dele as sessões foram indicadas por causa da escoliose e postura inadequada. “Durante as sessões ele mantém uma postura adequada. O equilíbrio dele também melhorou. Ele teve melhora na marcha, tônus muscular e a interação com as outras pessoas.”

 

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